Na próxima sexta-feira (10), acontece a entrega da revitalização do primeiro mural de Jardim da Penha com a realização de uma Rua de Lazer na Av. Francisco Generoso da Fonseca, conhecida como a “Rua do Clube 106”. A entrega acontece das 16h às 19h30.
A ação realizada pelo Coletivo Cores começou contou com a ajuda de alunos de 8 a 12 anos das escolas municipais Álvaro Castro Mattos, Eber Louzada Zipinotti, Renascer, Zenaide M. Cavalcanti e do SESI em comemoração aos 50 anos do bairro.
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Durante a entrega, entre as apresentações confirmadas estão o teatro infantil com Tio Diu, pop rock nacional e internacional com Felipe Pelissari e banda, além do número musical com Ranon Fernandes, aluno da EMEF Álvaro Castro Mattos que participou do The Voice Kids,
O público infantil contará ainda com pipoca, pula pula e escorregador.
De acordo com o produtor cultural Stefan Marques, coordenador do Coletivo Cores que Acolhem e integrante da diretoria do ICORES, a obra desenvolvida no muro do Instituto Brasileiro do Café (IBC) tem valor simbólico para o bairro.
Ele lembra que este é o primeiro mural de Jardim da Penha, que nasceu através da criação das crianças e das mensagens que elas deixaram para o futuro do bairro por meio de desenhos.
“Foi muito gratificante para o coletivo de cultura Cores que Acolhem ter a oportunidade de presentear Jardim da Penha com a revitalização do mural e a recuperação da calçada”.
Integrante do Coletivo Cores que Acolhem e artista responsável pelo projeto, Renata Nunes destacou que a revitalização do mural contou com a colaboração de 150 crianças, que participaram de oficinas de pintura desenvolvidas pelos monitores do projeto, em parceria com o ICORES.
“Esse é um projeto que nos enche de orgulho, pois une a cultura, a educação, o cuidado com espaços coletivos e ainda o estímulo à formação da consciência cidadã de nossos pequenos”.
Anseios das crianças
Na primeira fase do projeto, em 2019, os integrantes do Coletivo Cores que Acolhem e do ICORES pediram para as crianças expressarem os seus anseios em relação ao bairro em forma de pinturas.
O resultado foi mais de 450 desenhos com uma série de temas de relevância social para a coletividade, que ganharam vida no mural.
“A pintura traduz os desejos das crianças: os cuidados com o nosso bairro, a preocupação com os moradores de rua, a educação inclusiva, o respeito às leis de trânsito, o combate a todo tipo de preconceito, a preservação do meio ambiente, a valorização da alimentação orgânica com preços mais acessíveis”, pontuou Stefan.
Entre as expectativas das crianças para o bairro também estão a criação de espaços de brincar, museu de arte, planetário e um parque botânico.
“No geral, elas sonham com a união das famílias em um mundo mais fraterno e com mais caridade e solidariedade”, acrescentou Renata.
Revitalizando Nosso Jardim
O tema do projeto deste ano é “Revitalizando Nosso Jardim”.
“Destacamos a importância do cuidado com os espaços coletivos e a consciência de que a missão de cuidar de nosso bairro, no futuro, caberá às crianças. Por essa razão, a formação humanista através das artes e do acesso à cultura deve começar na infância”, pondera Renata, que assina a pintura do mural. Os oficineiros são Jeferson Rocha e Rodolfo Tales.
Para as crianças e adolescentes, a experiência de contribuir para a melhoria do bairro por meio da pintura foi gratificante, conforme conta Matheus Davi Sinis, de 13 anos.
“Foi irado pintar para Jardim da Penha. Toda vez que eu passo naquela rua e vejo meu desenho, me sinto muito feliz!”.
Inauguração do Mural – “Revitalizando Nosso Jardim”
Data: 10 de março (sexta-feira)
Hora: das 16h às 19h30
Local: Avenida Francisco Generoso da Fonseca, conhecida como a “Rua do Clube 106”
Atrações: Rua de Lazer com Tio Diu (teatro infantil), Felipe Pelissari e banda (pop rock nacional e internacional), Ranon Fernandes, aluno da EMEF Álvaro Castro Mattos que participou do The Voice Kids da TV Globo; além de pipoca, pula pula e escorregador.
Evento gratuito
Ficha técnica
Artista plástica muralista: Renata Nunes
Oficineiros: Jeferson Rocha e Rodolfo Tales
Auxiliar de pintura: Jason e Wesley Lira
Produção executiva: Stefan Marques
Produção cultural: Cores que Acolhem e ICORES
Produção pedagógica das oficinas: ICORES
O QUE É O “CORES QUE ACOLHEM”
O Projeto Cores que Acolhem nasceu em 2017 como um coletivo de cultura do bairro de Jardim da Penha, em Vitória. O grupo é formado por mais de 15 produtores culturais com as mais diversas formações: gestão de projetos, administração, direito, educação social, artes plásticas, audiovisual, música, teatro, dança, economia criativa, artesanato e até mesmo medicina.
Com o passar do tempo, o “Cores” foi crescendo e houve a necessidade de dar ao coletivo uma personalidade jurídica, momento em que nasce a produtora cultural de mesmo nome.
Nesses cinco anos de atividades, o Cores que Acolhem foi premiado como melhor projeto de arte contemporânea pela Lei João Bananeira, do município de Cariacica, pela ação que revitalizou o terminal de passageiros da Ceturb, em Itacibá, contando a história do folclore daquele município. Além disso, o grupo pintou mais de cinco mil metros de murais na Grande Vitória, nos municípios de Cariacica, Serra e Vitória.
Em 2022, o Projeto Cores que Acolhem – Edição Colorindo o Centro de Vitória pintou mais de 2,7 mil metros de murais no Centro histórico da Capital, criando um corredor de arte a céu aberto que percorre os espaços públicos do bairro. O projeto foi selecionado pelo Edital 004/2021 – Seleção de Proposta de Intervenção Artístico-Urbana, da Prefeitura Municipal de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, com recursos da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc.
O conjunto de murais finalizados pela equipe do projeto compreende a Rua Graciano Neves, a estação de força da EDP, o Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, a Praça da Fonte Grande, a quadra da escola de samba Unidos da Piedade, a Praça Irmã Josefa Hosanah, o muro da Cesan, a Escadaria Ranulpho Gianordoli, a Escadaria do Rosário, o Caminho da Fonte de São Benedito e a obra “Marias do Centro”, em homenagem a cinco mulheres eternizadas na vida cultural do Espírito Santo: Maria Ortiz (1604-1646), Maria Verônica da Pas (1948-1996), Maria Stella de Novaes (1894-1981), Carmélia Maria de Souza (1936-1974) e Maria Saraiva, uma das mais tradicionais figuras populares de Vitória no final do século XIX, falecida em 1912.
Fazem parte do portfólio do grupo trabalhos artísticos para o Instituto Unimed, Associação Capixaba contra o Câncer Infantil (ACACCI), Parque Botânico da Vale, Prefeitura Municipal de Vitória, Supermercado Canguru e Prefeitura Municipal de Cariacica, entre outros.
Entre essas pinturas urbanas destacam-se o mural da escola municipal Álvaro de Castro Mattos, em Jardim da Penha, que marcou os 51 anos do bairro e os 50 anos da instituição de ensino.
O Cores que Acolhem também tem atuação na área da produção cultural, tendo assinado toda a programação da festa de 50 anos de Jardim da Penha, que incluiu a realização de uma feira de artesanato, pela primeira vez, dentro dos galpões do IBC.
“Nosso diferencial é que trabalhamos com todas as linguagens artísticas, aí incluídas as artes plásticas e visuais”, afirma Stefan Marques.
Ele lembra que o grupo assinou a produção cultural do evento “Outubro Rosa”, em 2021, promovido pela Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (AFECC), no Palácio Anchieta, com atividades de poesia, dança, teatro, música e audiovisual.
Paralelamente, o Cores que Acolhem possui um trabalho de referência voltado para crianças com altas habilidades e superdotação, por meio da educação e da cultura, juntamente com a escola municipal Álvaro de Castro Mattos, em Jardim da Penha.
Segundo seus integrantes, o coletivo se propõe a trazer luz, cor e alegria através da cultura e buscar uma convivência mais harmônica na sociedade.
“Contar histórias através da arte, estimular a cultura e a economia criativa, valorizar territórios, estimular o pertencimento, transformar realidades sociais, estimular as pessoas a se conectar com aquilo que mais as inspiram e usar isso para uma grande transformação. Isso é o que nos move!”, disse Renata.
O CORES QUE ACOLHEM NAS REDES SOCIAIS:
Facebook: @coresqueacolhemes
Instagram: @coresqueacolhemes
SOBRE O ICORES
Criado em agosto de 2009, na cidade de Vitória, por jovens e para jovens, o Instituto “TamoJunto” nasceu com o objetivo de utilizar a arte, cultura, educação ambiental, esporte, lazer e a valorização do ser humano como ferramentas de transformação social.
Em 19 de dezembro de 2020, a entidade amplia seus objetivos sociais, passando a se chamar Instituto de Cultura e Responsabilidade Social (ICORES). A partir daquele momento passa também a desenvolver projetos voltados para crianças e adolescentes e para mulheres em situação de violência doméstica, sempre com foco na defesa dos direitos humanos e tendo como principal objetivo a cultura e a educação como vetores de modificação de realidades sociais.
O Instituto desenvolveu projetos em parceria com a Prefeitura de Vitória, a Prefeitura de Vila Velha e o Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes de Vitória (Concav), bem como com empresas privadas como Arcelor e Vale.
Em dezembro de 2012, recebeu o Prêmio Estadual de Direitos Humanos, concedido pelo Conselho Estadual dos Direitos Humanos e, em agosto de 2015, o Diploma de Honra ao Mérito, da Câmara Municipal de Vitória, pelos relevantes serviços prestados à população da capital do Espírito Santo.
O ICORES tem investido em projetos voltados à música clássica e popular, tendo assinado toda a produção cultural do evento denominado “Outubro Rosa”, da Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (AFECC), em conjunto com o coletivo de cultura Cores que Acolhem, congregando diversas linguagens artísticas como a música, teatro, dança e poesia. Além disto, foi do ICORES a produção cultural do “Natal de Paz e Bem”, realizado no campinho do Convento da Penha, patrimônio histórico do Estado, e que congregou diversas linguagens artísticas em um único espetáculo como o audiovisual (projeção mapeada), teatro, dança e música.
O Instituto possui forte relação e experiência com trabalhos voltados à arte urbana, artes plásticas e visuais, tendo desenvolvido, em conjunto com a produtora cultural Cores que Acolhem, a pintura de inúmeros murais na Grande Vitória, sendo responsável pela revitalização de espaços públicos degradados pelo tempo, acompanhada por oficinas de desenho e de pintura, em especial no projeto denominado “Cores Comunidades”.
Nos meses de dezembro de 2021 a março de 2022, o ICORES foi convidado, pelo coletivo de cultura Cores que Acolhem, a desenvolver todo o projeto pedagógico de pesquisa para o projeto “Colorindo o Centro”, que pintou um corredor cultural de mais de 2,7 km contando a história do Centro de Vitória, numa iniciativa da Prefeitura Municipal de Vitória, através da Secretaria Municipal Cultura de Vitória (SEMC).
Somando-se a isso, desenvolve importantes projetos voltados às crianças e adolescentes, onde se encontram unidos educação, história, arte e cultura.
Em parceria com a EMEF Álvaro de Castro Mattos, o ICORES lançou o projeto “Porão em Cores”, que retrata, através do audiovisual, o dia a dia dos estudantes das altas habilidades e superdotação daquela instituição – referência internacional na área – e que aborda temas variados, relacionados à educação e à cultura, sendo apresentado pelo estudante da rede pública de ensino municipal, Davi Vianna, cuja alta habilidade é a pesquisa.
Na mesma linha de ação, o Instituto conta com outro projeto, também voltado às crianças, intitulado “Dicas do Matheus”, apresentado por uma criança que ensina, de forma lúdica e divertida, a importância da história da arte e da cultura nas mais diversas linguagens.
O ICORES regularmente oferece oficinas gratuitas para crianças e adolescentes, voltadas ao aprendizado do desenho e da pintura, estimulando dessa forma o conhecimento, o gosto pela pesquisa, a autoestima e o senso de pertencimento junto a este público.
Além disso, é comum encontrar alunos do ICORES participando de verdadeiros “Tours culturais”, oportunidade em que são levados a conhecer a história de murais e de espaços culturais num verdadeiro resgate da história e do implemento de ações voltadas à consciência cidadã.
Com sede no bairro de Jardim Camburi, em Vitória, o instituto é referência em metodologia de ensino de desenho e pintura em ações que estimulam a convivência entre gerações, unindo passado e futuro rumo à construção de um presente mais inclusivo e cidadão.
A realização é do Coletivo Cores que Acolhem e ICORES, com patrocínio da Prefeitura Municipal de Vitória, Politintas e Sicoob, e apoio do Instituto Federal de Educação (Ifes), por meio da Cidade da Inovação.