Há um senso de comunidade muito forte em meio aos fãs de heavy metal. Mas ainda existe uma sinergia muito grande em um show de rock quando tudo dá certo, quando músicos e plateia se entendem e aproveitam cada segundo do que está acontecendo.
Foi exatamente isto que aconteceu nesta sexta-feira (7), com a apresentação histórica da banda grega Rotting Christ, no Correria Music Bar, em Vila Velha.
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A casa estava menos cheia do que o esperado para uma sexta à noite, só que nada consegue atrapalhar o ímpeto de uma banda que está com vontade de subir no palco.
Noite histórica
(Fotos por Wendel de Freitas Ferreira)
A noite começou com “Aealo”, do disco de mesmo nome, de 2010. A pausa antes de partir para a próxima música foi a deixa perfeita para que o guitarrista e vocalista Sakis Tolis expressasse sua felicidade em estar na cidade.
“Esta é uma noite histórica, pela primeira vez estamos em Vitória. O Brasil tem um lugar especial nos nossos corações”, declarou o músico.
Essa simpatia se manteve durante todo o show. Black metal? Black metal melódico? Independente de qualquer rótulo, o Rotting Christ mostrou que é antes de mais nada, uma banda de rock n’ roll.
No palco não havia ninguém carrancudo, nem a famigerada atitude “malvadona”. Ali estavam quatro músicos felizes e que interagiram com o público a todo momento, deixando clara sua admiração pelo Brasil, em agradecimentos efusivos, pedindo para que o público cantasse junto. E ultimamente é disso que o metal precisa: mais música e menos pose.
Portas abertas para voltarem sempre
Houve momentos que ficarão para sempre na memória de quem foi ao Correria naquela noite: palmas, declarações. Clássicos como “The Raven” e “The King of Stellar Wars” foram cantados a plenos pulmões pelos presentes.
No fim, o show do Rotting Christ foi como tudo deveria ser: músicos animados, público barulhento, a porradaria lambendo, tudo que um bom show de rock deve sempre entregar.
O Rotting Christ saiu do palco satisfeito, com a promessa de que voltaria ao Estado. E que voltem mesmo. Muitas, muitas vezes. E que venham outras bandas, dos mais variados estilos.