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Sabrina Boing Boing relata tentativa de estupro aos 17 anos

Em entrevista, a DJ Sabrina Boing Boing relatou que foi assediada por um motorista de ônibus que a ameaçou com um canivete caso não fizesse sexo com ele

Sabrina Boing Boing Foto: Reprodução/Instagram

Assustada com o caso da vítima de estupro coletivo no Rio de Janeiro, Sabrina Boing Boing relembrou um abuso sexual que sofreu aos 17 anos. Em entrevista, a DJ relatou que foi assediada por um motorista de ônibus que a ameaçou com um canivete caso não fizesse sexo com ele.

— É uma coisa que eu nunca falei nem com a minha família. Eu me calei porque na época não quis preocupar a minha mãe. Aconteceu em um ônibus intermunicipal, e o motorista não me deixou no ponto que era para eu descer. Ele disse que ia me dar uma carona até mais próximo da cidade que eu precisava ir. Foi quando ele desviou o ônibus da estrada e parou em um lugar deserto e veio para cima de mim.

Sabrina contou que não havia mais ninguém no ônibus. 

— Ele tentou me violentar. Veio para cima de mim já tirando a calça e me empurrando para o fundo do ônibus. Ele dizia que tinha um canivete junto com o chaveiro, que se eu gritasse, se eu fizesse alguma coisa ele ia me cortar. Ele chegou a colocar a mão em mim, veio tentar forçar uma relação, mas eu me esquivava, tentava fugir. Dizia ‘não, não, eu sou menor de idade’. Não sei o que aconteceu, mas ele desistiu na metade do que estava acontecendo. Acho que talvez isso fez ele parar, mas ele se tocou e… é uma coisa muito traumática, que me assombra até hoje.

Além do medo que ficou, Sabrina conta que não se esqueceu do rosto do homem que a atacou.

— Ele era bem maior que eu. Eu senti medo. Nunca me esqueci da cena. Consigo me lembrar direito da cor da roupa dele, a fisionomia, tudo. Só eu sei o trauma que eu carrego. Eu tinha perdido a virgindade recentemente e eu não esperava aquilo. Foi uma coisa que me pegou totalmente de surpresa porque eu não imaginava a maldade das pessoas.

A DJ disse como ficou depois do ocorrido.

— Confesso que sentia um pouco de culpa porque eu dizia: ‘eu não devia estar de saia’. Você vê que a mentalidade machista já estava na minha cabeça. Eu achava que eu era culpada. E só depois eu percebi que não, que ele que era um cafajeste. Que eu deveria ter denunciado ele para a companhia de transportes.

Com informações do Portal R7.