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Sheron Menezzes celebra primeira protagonista em 20 anos de carreira e autora de Vai Na Fé desmente rumores de ser uma trama gospel

Vai na fé que vai dar certo! Este é o lema da nova novela das sete da TV Globo. Com estreia prevista para janeiro de 2023, Vai na Fé é uma novela escrita por Rosane Svartman e com direção artística de Paulo Silvestrini. Sonhadora e batalhadora, Sol, interpretada por Sheron Menezzes, promete ser uma personagem que irá conquistar o coração do público, além de trazer grande representatividade. Em entrevista coletiva, que o ESTRELANDO conferiu de pertinho, a atriz não escondeu a felicidade de viver sua primeira protagonista em 20 anos de carreira.

– A Sol vem em um momento importante. Todos precisamos voltar a ter fé para acordar e ir trabalhar. Fé para colocar as crianças nas escola. É claro, cada um com o seu tipo de fé. Ela é uma protagonista que levanta sempre com o sorriso no rosto apesar dos problemas. Ela trabalha na cozinha, ajuda a mãe fazendo quentinhas, pega o ônibus, vai fazer shows… Faz de tudo um pouco, assim como muitas mulheres fazem diariamente. É muito importante as pessoas ligarem a TV e se identificarem de uma maneira positiva. Olhar para a personagem e pensar: Ela é igual a mim, disparou.

Desde que o enredo da novela foi anunciado, muito se falou que Vai Na Fé seria a primeira trama gospel da TV Globo. Contudo, a autora, Rosana Svartman, disse que não é bem assim.

– Não tem um único universo. É uma novela mosaico. Temos o universo da vida alternativa, fora do mundo urbano; o universo jurídico, onde iremos falar sobre justiça; a universidade, um lugar que vamos abordar a meritocracia; o universo artístico, com apresentações performáticas; e claro, a religiosidade, que faz parte da construção de alguns personagens… São vários temas que conversam entre si.

E continuou:

– É interessante como isso chamou a atenção. Outras tramas já tiveram personagens que conversavam com padres e santas, mas não foram consideradas novelas religiosas. Eu fiz algumas pesquisas e 99% dos brasileiros tem fé, sendo que 90% tem uma religião, então não seria estranho que isso fosse uma característica da personagem. No caso da Sol, não seria estranho que ela fosse evangélica. Apesar da religiosidade não ser o pilar da novela, ela é um dado importante. Afinal, ela faz parte do brasileiro. Eu quis trazer personagens que dialogassem com o público.

Rosana ainda colocou um ponto final no rumor de que cantores gospel haviam recusado o convite de fazerem parte da trilha sonora.

– O que eu tenho a dizer sobre todas as músicas sugeridas é que, até agora, não tivemos nenhuma negativa pois ainda não convidamos nenhum artista gospel para participar. Acho até que pode ser muito bacana.

E o diretor Paulo Silvestrini completou:

– Assim como a novela é múltipla, a nossa sonoridade também pretende ser para contemplar os universos que a Rosana propõe com o texto. A nossa trilha é urbana e contemporânea, profundamente pop. Não elegemos como protagonista nenhum estilo musical. A novela flerta com todos os gêneros que acharmos pertinente para contar a história. Em um dos universos, por exemplo, existe uma família cristã e as suas práticas fazem com que os membros convivam com a música gospel em cenas específicas, sem que esteja incorporado na trilha geral. Afinal, a novela não é só sobre isso.