Um dos destaques da feira são as visitas guiadas. Gratuitas neste domingo, 7 – último dia do evento -, elas ocorrem de meia em meia hora entre 13h e 17h30. Os roteiros, elaborados por pesquisadores vinculados à SP-Arte, variam entre temas como abstração e figurativo na modernidade, artistas afrocontemporâneos, arte erótica e design.
O jornal O Estado de S. Paulo acompanhou uma visita com o tema Descolonizando a Arte, com roteiro elaborado pela antropóloga e pesquisadora Ana Beatriz Almeida. Prestes a iniciar um doutorado na Kings College, sob orientação de Paul Gilroy, ela passa por obras de Rubem Valentim, Paulo Nazaré, Manolo Valdez, Lygia Pape e Liliana Porter, entre outras, para explicar como a história oficial das artes plásticas foi moldada por uma visão eurocentrista – e como esses artistas questionaram (ou ainda questionam) a narrativa de maneira criativa e pujante.
A obra de Liliana Porter mostra um minúsculo indivíduo com um instrumento na mão: a destruição que ele “promove” na superfície representaria o estrago que um único homem pode fazer sozinho.
“Essa obra só poderia ter sido feita por uma mulher”, comenta no tour. “É uma obra que questiona todo o colonialismo do cenário artístico.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.