Tatá Werneck é uma das estrelas das capas de abril da revista Glamour. Em entrevista, a atriz confessou que foi sua mãe, a jornalista Claudia Werneck, quem a convenceu a finalmente aceitar o pedido de namoro de Rafael Vitti: – Nunca me interessei por homens mais novos. Ficava pensando por que dar uma chance se sabia que estávamos em momentos diferentes. Mas já estava acontecendo… O Rafa é um homem maduro, fora da curva, de uma família muito legal. Essa geração dele é livre de todas as formas e não tem uma série de preconceitos que a gente fala que não tem e continua tendo. Contei para minha mãe, que falou: Não criei a minha filha para ser uma mulher tão preconceituosa. Amoleci e, quando vi, fazíamos tudo juntos. Que bom! Ela ainda respondeu como lida com o preconceito de namorar alguém mais novo: – Acreditando no amor. Nunca um homem que é visto com uma mulher mais nova é questionado. É quase um troféu. Agora, quando um cara está com uma mulher mais velha, as pessoas ficam se perguntando o porquê. E tem mil motivos, né? Nunca é o amor. As pessoas já querem colocar um prazo de validade. Parece que, se algum dia Deus me livre, em nome de Jesus! , a gente não estiver junto, vai ser porque sou mais velha.
Uma das humoristas mais queridas do país, Tatá também contou que sempre enfrentou machismo por conta de sua personalidade forte: – Fui uma criança questionadora. Aos 3 anos, perguntava o porquê de precisar aceitar tal coisa. Sempre fui militante, representante de turma. Acabei expulsa da escola duas vezes por ser bagunceira e ter o mesmo comportamento de colegas meninos, mas que era inaceitável para uma menina. Mas a atriz e apresentadora revelou que ela mesma já se boicotou: – No começo, quando ia participar de campeonatos de improviso e de rima, eu quase me anulava para provar meu talento. Colocava uma calça largona, um moletom e só faltava falar: Ó, galera, esqueça que eu sou mulher! Hoje jamais faria isso.
Carol Duarte, que foi a principal revelação na TV em 2017 ao viver Ivan em A Força do Querer, também estrela uma das capas da edição de abril da revista e falou o que mudou em sua vida desde a novela: – O alcance do teatro é muito menor do que o da TV. Poder dialogar com tantas pessoas sobre a questão de identidade de gênero foi muito rico porque, afinal, somos diferentes e devemos respeitar essas diferenças. Na minha época de colégio, as pessoas mal falavam sobre gays, lésbicas e trans. Isso mudou. A próxima geração não vai ter a ignorância que a minha teve ou da minha mãe, avó… Essa é uma enorme conquista.