Thaila Ayala abriu o coração sobre os momentos difíceis que passou ao lado da filha Tereza, de dois meses de vida. A pequena precisou passar por um procedimento cirúrgico no coração ao ser diagnosticada com uma cardiopatia congênita.
Em suas redes sociais, na manhã desta quarta-feira, dia 12, Thaila falou sobre como foi o período antes da cirurgia da filha.
Nada te prepara para esse dia, para esse momento. A caminho da cirurgia! A caminho de entregar minha filha sem saber se receberia ela de volta. Eu confesso que cheguei até o dia da cirurgia bem, forte, firme MUITO CONFIANTE! Minha irmã um dia falou: Você deve estar numa agonia só né?. E eu respondi do fundo do coração: QUEM CRÊ EM DEUS NÃO VIVE EM AGONIA. E era exatamente assim que eu estava me sentindo. Até a noite anterior. Pensar que aquela noite poderia ser a última, era como se as horas se esfarelassem e escorressem pelos meus dedos. Cada segundo doía, doía demais. Nunca senti tanta vontade de PARAR O TEMPO! Eu sabia de todo meu coração que Deus estava cuidando de tudo, TUDO, mas e se a vontade de Deus não fosse a mesma que a minha, eu sabia que ele estava do meu lado cada segundo, eu sentia o seu abraço apertado, ouvia sua voz dizendo eu tô aqui, sou teu pai, desamparada você não está. Confia! Mas se o que ele quisesse para mim não fosse exatamente o que eu PRECISAVA que era a cura da minha filha. Ainda assim eu ouvia ele dizer: Você será meu testemunho e Tereza também, mas confesso que quando o sol amanheceu e a hora se aproximou o medo arrombou a porta da minha alma e gelou tudo por dentro.
Em outro trecho do texto, Thaila descreveu como foi o momento de colocar Tereza na maca.
Fui eu e ela para sala de cirurgia, eu não sentia mais meu corpo, era o que se tudo flutuasse numa massa de agonia, de desespero. Foi Deus que a pegou no colo e a deixou naquela maca, porque eu jamais teria conseguido, eu JAMAIS vou esquecer daquele corpinho tão minúsculo naquela maca enorme. Me deixaram ficar até ela apagar, colocaram a máscara de gás no rostinho dela e ela tentando se soltar olhando para mim como quem pede socorro mamãe, me ajuda. Foi quando eu fui até o ouvido dela e cantei um dia gatinha manhosa eu prendo você no meu coração que é a música que a gente canta desde que ela nasceu e que ela acalma na hora, ela acalmou e deixou ser anestesiada. Eu vi os olhinhos dela se fecharem. Ali meu mundo parou. Eu tive que ser carregada literalmente para fora da sala, era impossível deixá-la lá. E foram horas mais densas da história. Aqui falta palavras para conseguir descrever o que são essas horas. Até o telefonema ela está bem, deu tudo certo.
E finaliza:
E aí também me falta vocabulário para tentar explicar o que é esse sentimento. O tamanho da gratidão é maior do que nós mesmos! É bonito demais, gostaria de viver para sempre com esse tamanho de gratidão no peito. Porque é tão maior que qualquer coisa e tudo junto, que a vida seria completamente diferente. Seguirei tentando! Obrigada Deus!