Com 11 indicações ao Oscar 2023, entre elas a de melhor filme, “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” está entre os favoritos desta edição. Dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheinert, o longa é um dos quatro favoritos da crítica ao prêmio de melhor filme.
>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!
Lançado em junho, o filme mostra os desafios de Evelyn Quan Wang (Michelle Yeoh) na vida real e em uma vida não tão real assim. Ela se torna uma inesperada heroína que, além dos complexos problemas do mundo real, precisa usar seus novos e nada habilidosos poderes para lutar contra os perigos bizarros do multiverso.
Com um orçamento estimado em US$ 25 milhões, a obra rendeu cerca de US$ 104 milhões em bilheteria.
LEIA TAMBÉM: Carnaval 2023: Cariacica divulga agenda de blocos de rua
O Oscar 2023 teve os nomes dos indicados divulgados nesta terça-feira (24). A lista também conta com obras como “Top Gun” e “Avatar”, uma aposta “mais popular” entre os concorrentes à estatueta.
Surpresa: sucessos de bilheterias estão entre indicados ao Oscar 2023
É muito raro ver uma produção que faturou mais de US$ 1 bilhão ser indicada para o Oscar. Nos últimos anos, “Coringa” (2019) e “Pantera Negra” (2018) apareceram como uma grata surpresa depois da polêmica ausência de “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008) da lista.
Mas, neste ano, dois pertencentes ao seleto clube estão concorrendo à estatueta de melhor filme do ano: “Top Gun: Maverick”, dirigido por Joseph Kosinski, e “Avatar: O Caminho da Água”, de James Cameron.
LEIA TAMBÉM: Jatinho de Marcus Buaiz faz pouso forçado em voo com filhos
É um sinal de que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, composta de cerca de 10 mil pessoas de 80 países, está de olho no mercado, que tenta se recuperar do baque da pandemia combinado ao crescimento do streaming.’
Lista dos indicados ao Oscar traz obras já esperadas e novidades
Na lista principal, além as obras já esperadas, como “Os Fabelmans”, de Steven Spielberg, “Os Banshees de Inisherin”, de Martin McDonagh, “Elvis”, de Baz Luhrmann, e “Tár”, de Todd Field, houve espaço para dois estrangeiros, o alemão “Nada de Novo no Front”, de Edward Berger, e “Triângulo da Tristeza”, que, apesar de falado em inglês, é uma verdadeira produção internacional, com dez países coprodutores, e um diretor sueco, Ruben Östlund. A grande surpresa mesmo foi a inclusão de “Entre Mulheres”, de Sarah Polley.
Bastante significativo também que, dos dez indicados a melhor produção de 2022, apenas um, “Nada de Novo no Front”, tenha sido lançado por um streaming, a Netflix. Não só: quase todos os outros vieram de estúdios tradicionais, como Disney, Warner, Paramount e Universal.
LEIA TAMBÉM: Oscar 2023: Spielberg recebe sua nona indicação como diretor
“Nada de Novo no Front”, aliás, confirmou a força que mostrou no Bafta e em premiações específicas e é o segundo filme mais indicado, empatado com “Os Banshees of Inisherin”, ambos com 9.
Sua desvantagem é não concorrer a direção nem a qualquer prêmio de atuação. “Inisherin”, por sua vez, está em todas as categorias nobres: filme, direção, roteiro original e teve seus quatro principais atores indicados.
Falta de diversidade marca indicações às categorias de maior destaque no Oscar 2023
Depois de duas vitórias consecutivas de mulheres na categoria direção, com Jane Campion e Chloe Zhao, em 2023 não há nenhuma diretora indicada. A falta de diversidade entre as principais indicações, como direção e atores, chamam a atenção.
Dos seis homens concorrentes ao prêmio de melhor diretor, cinco são brancos – a exceção é Daniel Kwan, que divide o comando de “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” com Daniel Scheinert. Há apenas um estrangeiro, o sueco Ruben Östlund.
LEIA TAMBÉM: Empresa que “engordou” Balneário Camboriú aumenta praia de Guarapari
Entre os atores, a diversidade ficou apenas com os coadjuvantes. Os indicados a melhor ator são todos brancos: Austin Butler (Elvis), Colin Farrell (Os Banshees of Inisherin), Brendan Fraser (A Baleia), Paul Mescal (Aftersun) e Bill Nighy (Living).
Entre as atrizes, só Michelle Yeoh (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo), a primeira asiática a concorrer na categoria, em meio a Cate Blanchett (Tár), Michelle Williams (Os Fabelmans), Andrea Riseborough (To Leslie) e Ana de Armas (Blonde), que é latina, porém branca. Riseborough é a surpresa da lista, mas sua preferência entre os atores tinha ficado clara com a campanha feita por Blanchett e Gwyneth Paltrow.
Surpresa entre filmes internacionais
Há surpresa em melhor filme internacional, com a ausência de “Decisão de Partir”, de Park Chan-wook, para a entrada de “The Quiet Girl”, o primeiro longa irlandês a concorrer ao prêmio. Os outros são o alemão “Nada de Novo no Front”, o argentino “Argentina, 1985”, o belga “Close” e o polonês “EO”.
OSCAR 2023: VEJA QUEM SÃO OS INDICADOS NAS PRINCIPAIS CATEGORIAS
Melhor filme
Nada de Novo no Front
Avatar: O Caminho da Água
Os Banshees de Inisherin
Triângulo da Tristeza
Elvis
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Os Fabelmans
Tár
Top Gun: Maverick
Entre Mulheres
Melhor diretor
Ruben Ostlund, por “O Triângulo da Tristeza”
Todd Field, por “Tár”
Dan Kwan e Daniel Scheinert, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”
Martin McDonagh, por “Os Banshees de Inisherin”
Steven Spielberg, por “Os Fabelmans”
Melhor ator
Austin Butler, por “Elvis”
Colin Farrell, por “Os Banshees de Inisherin”
Brendan Fraser, por “A Baleia”
Paul Mescal, por “Aftersun”
Bill Nighy, por “Living”
Melhor atriz
Cate Blanchett, por “Tár”
Ana de Armas, por “Blonde”
Andrea Riseborough, por “To Levin”
Michelle Williams, por “Os Fabelmans”
Michelle Yeoh, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”
Melhor ator coadjuvante
Brendan Gleeson, por “Os Banshees de Inisherin”
Judd Hirsch, por “Os Fabelmans”
Barry Keoghan, por “Os Banshees de Inisherin”
Ke Huy Quan, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”
Brian Tyerre Henry, por “Passagem”
Melhor atriz coadjuvante
Angela Bassett, por “Pantera Negra: Wakanda para Sempre”
Hong Chau, por “A Baleia”
Kerry Condon, por “Os Banshees de Inisherin”
Jamie Lee Curtis, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”
Stephanie Hsu, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”
Roteiro original
Todd Field, por “Tár”
Tony Kushner e Steven Spielberg, por “Os Fabelmans”
Dan Kwan e Daniel Scheinert, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”
Martin McDonagh, por “Os Banshees de Inisherin”
Ruben Östlund, por “O Triângulo da Tristeza”
Roteiro adaptado
“Nada de Novo no Front”, de Edward Berger, Ian Stokell e Lesley Paterson
“Glass Onion: Um Mistério Knives Out”, de Rian Johnson
“Living”, de Kazuo Ishiguro
“Top Gun”, de Ehren Kruger, Eric Warren Singer, Christopher McQuarrie
“Entre Mulheres”, por Sarah Polley
Melhor filme internacional
Nada de Novo no Front (Alemanha)
Close (Bélgica)
Argentina, 1985 (Argentina)
EO (Polônia)
The Quiet Girl (Irlanda)
Melhor animação
Pinóquio
Marcel the Shell With Shoes On
Gato de Botas 2: O Último Pedido
Red: Crescer é uma Fera
A Fera do Mar
Melhor documentário
All the Beauty and the Bloodshed
All That Breathes
A House Made of Splinters
Vulcões: A Tragédia de Katia e Maurice Krafft
Navalny
Melhor trilha sonora
Carter Burwell, por “Os Banshees de Inisherin”
Son Lux, por Tudo em “Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”
Hildur Guðnadóttir, por “Entre Mulheres”
Justin Hurwitz, por “Babilônia”
John Williams, por “Os Fabelmans”
Canção original
Ryan Coogler, Ludwig Göransson, Rihanna, e Tems
This is a Live, por David Byrne, Ryan Lott e Mitski
Lady Gaga e Michael “BloodPop”, por Hold My Hand
M. M. Keeravani & Chandrabose, por Naatu Naatu
Diane Warren, por Applause
Melhor Fotografia
Roger Deakins, por “Império da Luz”
James Friend, por “Nada de Novo no Front”
Darius Khondji, por “Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades”
Florian Hoffmeister, por “Tár”
Mandy Walker, por “Elvis”.
*Com informações do Estadão Conteúdo.