Entretenimento e Cultura

Um ano após a morte de Gugu, familiares e amigos falam da saudade do apresentador

Esther Rocha e familiares relembram momentos vividos com Gugu Liberato, que morreu há exatamente um ano, e falam sobre a campanha de doação de órgãos

Foto: Reprodução R7 / Antonio Chahestian / Record TV

Neste sábado (21), completa-se um ano que os familiares, amigos e fãs de Gugu Liberato se despediram do apresentador, que morreu após um acidente doméstico na casa dele, em Orlando, nos Estados Unidos. 

A assessora e amiga pessoal do comunicador, Esther Rocha, ainda tem se mantido leal ao comunicador, com quem trabalhou por 27 anos. Durante uma entrevista ao portal R7, a jornalista contou que o último ano foi muito “muito triste” e que “às vezes, a ficha ainda não cai” em relação a tudo o que aconteceu. 

“Esse mês de novembro está sendo muito triste. A gente, quando perde alguém, fica sempre assim, tendo que se adaptar a vida sem aquela pessoa. Às vezes, a ficha ainda não cai, mas nós estamos tentando seguir em frente”, diz Esther.

Ela explica ainda que a morte do intérprete de Louro José, Tom Veiga, no início do mês, trouxe à tona os mesmos sentimentos que teve com a partida de Gugu. “A morte do Tom trouxe de volta as mesmas sensações que tive no ano passado,

Herança de Gugu

Apesar da carreira na frente da TV, o pai de João Augusto, de 19 anos, Marina e Sofia, ambas de 16 anos, sempre preservou a vida pessoal. No último ano, a partilha dos bens do apresentador – que corre em segredo de Justiça – levantou alguns rumores envolvendo o nome dele.

“Ele era uma pessoa muito simples e deixou tudo muito sólido. Com ele não tinha humor ruim, não tinha mistério”, começa. “Quem amou, quem conheceu e quem conviveu com o Gugu não está preocupado com nada disso. Estamos focados em falar de coisas que façam bem para ele e para os filhos dele. Acho que é isso que ele faria e gostaria que se fizesse”, relata assessora.

Por isso, ela reitera a importância de lembrar dos feitos e marcos de quem considera “um irmão mais velho”. “A carreira dele com programas de auditório faz parte de uma bela história que a gente só tem no Brasil. A TV não tem essa importância em outros lugares como tem aqui. Então, é uma história que representa a história da TV e a gente tem que preservar essas coisas, porque tem um valor inestimável”, completa.

Família Liberato

Mas não é só a história na TV que a família Liberato pretende guardar de Gugu. “Meu pai foi uma pessoa muito generosa durante a vida e depois da morte. Uma pessoa humilde, de bom coração e honesta”, disse João Augusto, primogênito do comunicador, na coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (19). “A gente saía, fazia brincadeiras, escutava música no carro, ia para o cinema, fazia caça ao tesouro, era sensacional. Com ele indo embora, nós paramos de fazer essas coisas, mas sabemos o quão generoso e importante foi a decisão dele de doar órgãos”, completou.

Marina relembrou um outro lado artístico do pai. “Ele está sempre no nosso dia a dia, ele era muito artístico, fazia quadros de rolhas, eu também pinto e e fiz um quadro com ele. Todo dia que tenho aula de artes na escola lembro dele me ajudando, pintando comigo.”

Os filhos ainda sentem a falta do pai, mas refletem que a partida de Gugu os fizeram se unir muito mais. “A gente tem vários porta-retratos do meu pai nos nosso quartos, toda hora que eu vou dormir dou um beijo no meu pai [no porta-retrato] e fico pensando toda noite sobre isso. Faz um ano que nosso pai faleceu e parece que foi ontem. Mas acho que isso trouxer uma coisa boa, fez eu, Sofia e João nos unirmos mais”, relatou Sofia.

#GuguVive

Em homenagem à iniciativa do apresentador de se declarar um doador de órgãos, a família Liberato está promovendo a campanha “Gugu Vive” para incentivar as pessoas a seguirem o exemplo de Gugu declarando-se doadoras.

A mãe de Gugu, Maria do Céu, admitiu, em entrevista ao Jornal da Record, que demorou para autorizar a doação dos órgãos do filho, pois tinha medo que ele ficasse “deformado”. Ela contou que uma equipe do hospital lhe ajudou a entender que ele ficaria idêntico como ele era.

“Por isso eu falo para as pessoas que quiserem doar, que elas não tenham medo de que a pessoa vá ficar deformada, porque não vai. Ela vai ficar igualzinha. No caso do Gugu, nem se notava que ele tinha tirado qualquer órgão”, completou.

De acordo com Esther, a campanha surgiu porque todos os funcionários e familiares dele imaginam que essa seja uma vontade de Gugu. 

Com um último pedido, a mãe de Gugu conta que quer muito encontrar a pessoa que recebeu o coração do filho. “A coisa que eu mais gostaria era encontrar essa pessoa [que recebeu o coração do Gugu]. Vendo essa pessoa, veria meu filho, então, eu vou fazer de tudo para achar essa pessoa”, contou.

Com informações do portal R7