Zezé Di Camargo e Wanessa estão mais unidos do que nunca. Pai e filha lançam em breve o primeiro álbum juntos e para a divulgação do projeto, os dois concederam entrevistas em que abriram o coração para falar sobre a vida em família.
Para Zeca Camargo, Zezé confessou que está batalhando para ter um filho com Graciele Lacerda.
“Eu estou batalhando pra isso. A gente está em um momento muito pleno da família, dos filhos e do convívio na minha fazenda. O tempo é o senhor de tudo”, declarou ela.
Ao jornal Extra, Zezé deu detalhes sobre o tratamento de fertilidade que Graciele, aos 41 anos, está encarando. Ele por sua vez precisou reverter o processo da vasectomia.
Já Wanessa comentou sobre o pai planejar mais um filho. Além dela, Zezé ainda é pai de Camila e Igor.
“Eu vou ser a irmã-titia, né? Já tenho primos mais novinhos, filhos da Luciele e do Luciano, que me chamam de Tia Wanessa. Eu digo: “Cacilda, eu sou sua prima, e não tia!” (risos). Imagina como vai ser com esse irmão ou irmã bebê”, disse ela, achando graça e deixando claro que sua relação com Graciele vai bem.
A cantora, por sua vez, admitiu que sofreu um aborto espontâneo neste ano, após a morte do avô Francisco.
“Assim que eu soube que estava grávida (pela terceira vez), meu vô Francisco morreu (em 23 de novembro do ano passado). Esperei para contar à família uma semana depois, e em poucos dias eu perdi o bebê.
Era uma menina, eu estava com sete semanas de gestação e foi bem traumático… Em abril, a Covid levou o Agui (Aguiberto Santos, ex-assessor artístico da família Camargo), que eu considerava como um segundo pai. Em agosto, perdi meu outro vô. E ainda teve a morte da Marília (Mendonça), agora em novembro. Foi muita dor encadeada para eu lidar“, disse ao Extra.
Com tanto para lidar, Wanessa voltou a sofrer com as crises de pânico, que só foram vistas por Zezé agora, durante uma gravação deles. A cantora já lida com elas há mais de 18 anos, mas desta vez só contou com o apoio de pessoas próximas para encarar o transtorno:
“A pandemia pausou nosso trabalho e nos reaproximou. Com certeza, esse foi o período em que eu e meu pai mais convivemos nos últimos anos. E assim eu descobri o Zezé em mim. Traços que eu achava que eram da minha personalidade, do meu jeito de ser, enxerguei também nele. Até coisas que eu criticava no meu pai , percebi que faço igual!
Ele é prolixo como eu, disperso, tem dificuldade em lidar com conflitos. E só não tem o pânico, mas também é hipocondríaco. Se tem um machucadinho na perna, já quer fazer mil exames. Desta vez, eu não tive o auxílio de remédios, embora as terapeutas tivessem recomendado. Contei com o apoio de amigos, inclusive do meio artístico, que enfrentam o mesmo.
Só quem passa por esse processo sabe o desespero, o inferno que é sentir isso: a dormência nas pernas, o aperto no peito, a falta de ar, a tremedeira… Não tenho diagnóstico de depressão, o meu caso é Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Fico em constante vigilância quando um gatilho surge”.
Zezé também enfrenta um ano difícil com a perda do pai:
“Em toda a minha vida, eu passei por três momentos dificílimos: o primeiro foi a morte do meu irmão Emival (sua primeira dupla musical foi vítima de um acidente de carro em 1975); o outro foi o sequestro do meu irmão Wellington (em dezembro de 1998); e o mais recente foi a perda do meu pai. Essa, a minha maior tristeza, da qual eu até agora eu não me restabeleci.
Meu pai era um cara especial, singular, muito à frente de sua época, o único alfabetizado de sua família. Homem rigoroso, meu avô o obrigava a ficar trabalhando na roça até o fim da noite, já que ele passava a manhã estudando.
Meu pai fundou uma escola lá na nossa região de Goiás, construiu carteiras pra gente se sentar e escrever. O projeto de Francisco não era ter filhos formando uma dupla sertaneja, mas ter filhos maiores que ele na vida.”
Mas após o momento difícil, ele afirma que nunca esteve tão ligado à família:
“Família é o meu bem mais precioso. Tem gente que me critica dizendo que eu destruí a minha quando me separei (de Zilu, em 2012). Eu não admito, é exatamente o contrário. Afirmo que nunca estive tão próximo dos meus filhos quanto tenho estado ultimamente. Hoje, somos mais unidos do que nunca”.
E ainda esclarece os rumores de que não mantém boa relação com sua dupla, o irmão Luciano, e a ausência dele na série É o amor: Família Camargo.
“As pessoas têm perguntado por que Luciano não está nesse trabalho. Não só ele, outros parentes não puderam ou não quiseram participar. Não quero que fantasiem a história de que eu joguei meu irmão para escanteio, não é nada disso.
Paralelamente à nossa dupla, ele tem um projeto solo gospel; eu também tenho o meu, Rústico. Este agora, especificamente, é voltado para a minha relação com a minha filha. Minha história com Luciano já foi detalhada no filme Dois filhos de Francisco, mas pouca gente conhece o Zezé pai, o encontro do meu mundo com o da Wanessa.”