É comum se apaixonar pela exuberância da costela-de-adão e, logo depois, perceber que suas folhas começaram a se rasgar ou a se desenvolver de forma pouco vistosa. Se você já passou por isso, saiba que o problema pode estar onde menos se espera: na luz que sua planta recebe. E, sim, a iluminação inadequada é um dos maiores vilões ocultos para a saúde dessa espécie tropical. Entender como esse detalhe influencia diretamente na estrutura e na estética das folhas é o primeiro passo para devolver à sua planta o charme que ela merece.
Como a iluminação interfere diretamente na costela-de-adão
A costela-de-adão (Monstera deliciosa) é uma planta que cresce sob a sombra de árvores tropicais em seu habitat natural. Ela não está acostumada ao sol direto, mas também não se desenvolve bem na penumbra total. Esse equilíbrio delicado faz com que muitos erros comuns ocorram na tentativa de cultivá-la dentro de casa.
Quando a planta recebe pouca luz, seu crescimento se torna lento e as folhas novas tendem a sair menores, sem os recortes tão característicos. O contrário também é problemático: o excesso de luz direta pode causar queimaduras nas folhas, levando a rasgos e manchas marrons. O mais curioso é que, em ambos os casos, o visual da planta se deteriora, confundindo o cuidador que muitas vezes suspeita de pragas ou doenças — quando, na verdade, a luz está fora do ideal.
Folhas rasgadas ou queimadas? A culpa pode ser do sol da tarde
O sol direto, especialmente nas horas mais quentes do dia, é um dos principais causadores dos danos mecânicos nas folhas da costela-de-adão. Essas queimaduras começam com pontas amareladas ou secas e evoluem para rasgos. Por serem folhas grandes e com textura mais fina nas extremidades, elas se tornam extremamente sensíveis à desidratação localizada.
Um erro comum é posicionar a planta perto de janelas voltadas para o oeste, onde o sol da tarde entra com mais intensidade. Esse tipo de luz, além de muito forte, é quente e seca rapidamente os tecidos da planta. O resultado é aquele aspecto de folhas desgastadas, quebradiças ou com recortes irregulares que mais parecem danos do que beleza natural.
Ambientes escuros também são inimigos da costela-de-adão
Do outro lado do espectro, ambientes escuros demais são igualmente prejudiciais. Quando colocada em um canto com pouca iluminação, a planta começa a esticar seus caules em busca de luz — o famoso fenômeno da fototropia. Isso faz com que ela perca o formato vistoso, além de comprometer o surgimento dos “buracos” e recortes que tornam suas folhas tão icônicas.
Além disso, a falta de luz afeta a fotossíntese. Isso significa que a planta perde sua capacidade de produzir energia adequadamente, ficando mais fraca e vulnerável a doenças e pragas. Ou seja, uma simples escolha de lugar pode ser o divisor de águas entre uma costela-de-adão cheia de vitalidade ou uma planta triste e desfigurada.
Como escolher o lugar ideal para sua costela-de-adão
O segredo está na luz indireta brilhante. Um bom local é próximo a uma janela bem iluminada, mas com cortina leve ou vidro jateado que filtre a intensidade solar. Ambientes voltados para leste costumam oferecer a luz da manhã, que é mais suave e bem recebida pela planta.
Se sua casa não tem esse tipo de iluminação natural, investir em lâmpadas de cultivo (grow lights) pode ser uma solução viável. Hoje existem modelos com espectro completo, ideais para manter plantas tropicais saudáveis em ambientes internos. O importante é garantir, no mínimo, de 6 a 8 horas diárias de luz adequada.
E se as folhas já estiverem rasgadas?
Se sua costela-de-adão já apresenta folhas rasgadas, não entre em pânico. O ideal é avaliar o ambiente e fazer os ajustes na iluminação. Folhas danificadas não se recuperam, mas novas folhas saudáveis são um sinal de que a planta voltou ao caminho certo.
Evite podar em excesso. Retire apenas folhas muito secas ou rasgadas a ponto de prejudicar o visual da planta. Mantenha a rega equilibrada e complemente os cuidados com um bom substrato aerado e adubação mensal durante o período de crescimento (primavera e verão).
Dica extra: gire o vaso com frequência
Mesmo posicionada em um lugar ideal, a costela-de-adão pode crescer de forma inclinada se a luz vier apenas de um lado. Para evitar assimetrias e favorecer um desenvolvimento mais uniforme, o ideal é girar o vaso uma vez por semana. Esse cuidado simples ajuda a distribuir melhor a luz sobre toda a copa da planta, evitando folhas tortas ou com formato desigual.
Ao entender como a luz influencia diretamente na forma, cor e textura das folhas, você deixa de combater sintomas isolados e começa a tratar a verdadeira causa do problema. O resultado? Uma costela-de-adão vistosa, com folhas imponentes, recortes perfeitos e digna de capa de revista.
CEO da G4 Comunicação e Marketing, apaixonado por Carros e Internet, antenado nos assuntos da Web e criador de conteúdo vertical para sites de notícias locais.
