Economia

570 mil capixabas estão sendo beneficiados com o pagamento do 13º. Veja se você tem direito!

O dinheiro vai entrar na conta de forma automática, sem a necessidade do aposentado ou pensionista tomar nenhuma providência

Foto: Divulgação

Começou na sexta-feira (24) o pagamento da primeira parcela do adiantamento do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS. Ao todo, 570 mil capixabas têm direito a receber o benefício. No Espírito Santo a previsão é que sejam pagos R$ 430.411.090,13 no abono.

Será beneficiado aquele que, durante o ano, recebeu o benefício previdenciário de aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente ou ainda auxílio-reclusão. Na hipótese de cessação programada do benefício, prevista antes de 31 de dezembro de 2020, será pago o valor proporcional do abono anual ao beneficiário.

Já aqueles que recebem benefícios assistenciais (Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social – BPC/LOAS e Renda Mensal Vitalícia – RMV) não têm direito ao abono anual.

Para aqueles que recebem um salário mínimo, o depósito da antecipação será feito entre os dias 24 de abril e 8 de maio, de acordo com o número final do benefício, sem levar em conta o dígito verificador. Segurados com renda mensal acima do piso nacional terão seus pagamentos creditados entre 4 e 8 de maio.

Pagamento automático

O gerente executivo do INSS em Vitória, William Marinot, explica que o dinheiro vai entrar na conta de forma automática, sem a necessidade do beneficiário tomar nenhuma providência. “Não precisa fazer nada. Não precisa vir a qualquer agência do INSS ou ao banco. Simplesmente voltar onde ele estava recebendo normalmente”, explicou o gerente.

O adiantamento da primeira parcela do 13º salário de aposentados e pensionistas representa um aporte de mais de R$ 23 bilhões na economia do país. “A importância propriamente é motivar um pouco da economia, porque nós sabemos que o INSS é uma grande máquina que faz o consumo aumentar dentro de vários municípios. Então é uma forma de gerar renda à população”, frisou Marinot.

Uma das beneficiárias com o pagamento é a dona de casa Genilda Nobre do Nascimento. Ela ainda não se aposentou, mas recebe uma pensão, de R$ 450 mensais, pela morte de uma das filhas.

Segundo a dona de casa, esse dinheiro é a única fonte de renda da família atualmente. Isso porque ela e o marido estão sem trabalho por causa da pandemia do novo coronavírus.

“Antes da epidemia eu trabalhava com alho com meu esposo. Aí surgiu uma oportunidade num restaurante. Comecei a trabalhar, trabalhei três meses, mas depois da pandemia tivemos que parar. Meu marido não está conseguindo mais vender alho, porque o mercado está todo fechado. Nem vender e nem comprar alho”, conta.

Com sete filhos para criar, a situação é preocupante na casa de Genilda. Ela disse que o dinheiro extra, embora não seja capaz de cobrir todas as despesas, vai trazer um alívio momentâneo.

“Pelo menos por uns 15 dias vai ser um alívio. Estamos passando muita dificuldade, muita necessidade. Tenho duas crianças que usam fralda e leite. Estamos vivendo por meio de doações: hoje tem, amanhã não tem. E é assim que estamos vivendo”, lamentou.