Economia

A guerra na Ucrânia e seus impactos econômicos

A ofensiva da Rússia sobre a Ucrânia produz impacto em todos os países em um cenário globalizado e o que já se observa é a alta do preço do petróleo voltando aos níveis do ano de 2014. A guerra gera ainda mais cautela para o investidor, pressiona negativamente o crescimento econômico e aumenta a expectativa de elevação da inflação.

Nossa opinião

O impacto da invasão russa a Ucrânia

Estamos acompanhando atualmente a ofensiva da Rússia contra a Ucrânia, em uma guerra há muito não vista na Europa. Mas, de fato qual, o impacto dessa guerra em nossas vidas financeiras e em nossos investimentos.

Em um mundo globalizado como o que vivemos um acontecimento desse porte afeta todos os países, direta ou indiretamente. Prova disso foi o nervosismo que tomou conta dos mercados financeiros nos primeiros dias da guerra, com quedas nos índices das principais bolsas de valores mundiais e aumento da cotação do dólar e do petróleo.

O que observamos hoje, decorridos alguns dias da guerra é que o preço do petróleo ultrapassou os US$ 125,00, maior nível desde 2011, e outras commodities também registraram altas significativas.

​Isso ocorre em meio a um ambiente inflacionário de proporções globais, que agora em função do conflito tende a perdurar.

Essas pressões de preço externas e internas vão demandar do banco central um aperto ainda maior dos juros. Além de juros maiores, as incertezas da duração e futuro da guerra trazem mais cautela por parte dos investidores, podendo impactar negativamente no crescimento econômico, no Brasil e no mundo.

No cenário de baixo crescimento e alta inflação, investidores mais cautelosos podem buscar as taxas de juros mais altas como alternativa de segurança, porém, alguns ativos da renda variável atrelados a commodities podem também ser alternativa de proteção para o período de inflação.

O ano que já tinha incertezas devido à pandemia, alta inflação e ser um ano de eleições no Brasil, ganhou mais um triste capítulo com a invasão da Ucrânia pela Rússia, aumentando o nível de atenção e cautela por parte dos investidores.

 

Pedro Simmer é Administrador, Mestre em Gestão Pública pela UFES, especialista em Finanças, Servidor Público Estadual atuando nas áreas de Planejamento, Orçamento e Gestão e Professor de Planejamento Estratégico e Finanças