Economia

A produção do aço no Espírito Santo e como ela contribui para a sua vida

Estudo revela a influência das atividades de fabricação de aço na economia do Estado e seu impacto na vida dos capixabas

O aço faz parte do dia a dia de todos nós e está em praticamente tudo o que fazemos. Resistente, versátil e durável, está tão presente na nossa vida que chega a passar despercebido, algumas vezes. Mas ele está ali. Do carro ao navio, do móvel ao prédio, do computador à usina elétrica, utilizamos o aço o tempo todo.

Ele é importante também pela extensa cadeia produtiva que gera já que, sendo 100% reciclável, pode ser reaproveitado para a produção de centenas de outros produtos.

Todas essas informações já eram conhecidas. O que ainda não se sabia, com precisão, era a influência que a produção do aço estaria promovendo na dinâmica da economia regional. Mas agora já se sabe.

Um estudo acaba de ser divulgado sobre a atividade realizada por uma das maiores e mais importantes produtoras de aço do mundo, instalada aqui no Espírito Santo, a ArcelorMittal Tubarão, e aponta com dados e gráficos como tem sido a interação e a contribuição do segmento nas economias capixaba e brasileira, assim como no setor de produção de aço.

Tendo como base informações do período 1996-2016, o relatório “A ArcelorMittal Tubarão no Espírito Santo” foi desenvolvido por cinco especialistas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes): Angela Maria Morandi, Gutemberg Hespanha Brasil, Sandro Barbiero Allochio, Carlos Umberto Felipe e Fábio Santos Grillo.

Dentre os muitos dados interessantes apurados pela pesquisa está que a participação anual média da empresa na produção nacional de aço bruto foi de 16,6% no período analisado, num índice considerado bastante expressivo. E a evolução tem sido constante: enquanto a produção local aumentou 96,9% naquela década, a média da siderurgia nacional evoluiu 23,9%. E mais: até mesmo nos momentos mais difíceis da siderurgia no país, como em 1999, 2001 e, especialmente, em 2009, a produção capixaba não apresentou queda com a mesma intensidade das demais usinas do setor.

Em termos de geração de empregos, a produção de aço do Estado também se sobressai. Na contramão do setor siderúrgico brasileiro que reduziu o número de empregados, o local aumentou esse índice. Enquanto o segmento como um todo diminuiu seu efetivo próprio em 9,12%, de 1996 a 2016, a empresa ampliou seu quadro em cerca de 2,1% ao ano. Somente entre 2014 a 2016, o crescimento foi de 1,3% no efetivo total, enquanto a siderurgia brasileira registrou queda de 14,7%.

No que se refere à impostos recolheu, entre os anos de 2004 e 2016, uma média anual de R$ 204,2 milhões para o Governo Estadual; R$ 4,5 milhões para a Prefeitura de Vitória e de R$ 3,0 milhões para a Prefeitura da Serra. Nesse mesmo período, seu impacto no Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo foi da ordem de expressivos 12,7% injetando, entre compras de produtos e serviços, mais de R$ 34 bilhões na economia capixaba.

“Por todos esses e outros dados, que descrevem essa evolução nos últimos anos, o relatório tornou-se um instrumento valioso para mensuramos nossos resultados e também traçarmos nossas futuras ações”, comenta Benjamim Baptista Filho, presidente da ArcelorMittal Tubarão e CEO da ArcelorMittal Aços Planos América do Sul.

Segundo ele, a partir dessa apuração também está sendo possível evidenciar que as práticas e políticas da empresa têm sido externalizadas, com sucesso, para seus parceiros. “A partir de agora, nossa proposta é potencializar ainda mais os efeitos positivos das interações da ArcelorMittal Tubarão junto à economia e à sociedade e também dar oportunidade para as pessoas conhecerem ainda mais sobre a empresa”, diz. E aos interessados, avisa: o relatório técnico já está disponível no site.