Tecnologia transforma o jeito de produzir mamão no Brasil e agricultores capixabas já se beneficiam
Linguiça, costela suína, socol… Não é só a produção de embutidos, maturados e defumados que apresenta desafios; a comercialização desses produtos artesanais também exige esforços consideráveis dos empreendedores do setor. A Charcutaria Bicame, localizada na rota do Vale do Emboque, em Conceição do Castelo, busca conquistar o “Selo Arte” — uma certificação de identidade e qualidade que permite a venda nacional de produtos alimentícios produzidos artesanalmente.
Fundada durante a pandemia pelo casal Wagner Fardim e Ereni Silva, a empresa começou com a ideia de ser uma fábrica de linguiça, mas logo expandiu para outros produtos. Wagner, ex-eletricista, e Ereni, que trabalhava como decoradora de festas, viram suas atividades reduzidas e decidiram se reinventar.
O primeiro passo já foi dado: a charcutaria obteve o SIM (Selo de Inspeção Municipal), permitindo que seus produtos sejam vendidos na cidade de Conceição do Castelo. Com esse selo, a produção é fiscalizada pelo IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal), autorizando a venda exclusivamente no comércio local.
Agora, Ereni explica que a empresa está em processo para obter o SUSAF (Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar e de Pequeno Porte), que habilita os produtos para comercialização em todo o Espírito Santo, mediante fiscalização e segurança sanitária.
Com o SUSAF aprovado, o próximo passo é o tão esperado “Selo Arte”, que viabilizará a venda dos produtos para todo o Brasil. “Toda agroindústria almeja o Selo Arte, uma certificação que abre inúmeras portas. Esse selo é concedido ao produto, e não à empresa, e aqui temos produtos que podem ser certificados”, ressaltou Ereni.
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