A pandemia evidenciou que o agronegócio é um dos principais setores da economia brasileira e mundial, que interliga atividades rurais e urbanas, formando as chamadas cadeias produtivas.
Para se ter uma ideia de sua importância, o PIB do País em 2020 totalizou R$ 7,45 trilhões, e o PIB do agronegócio chegou a quase R$ 2 trilhões.
Enquanto a agropecuária está centrada nas atividades realizadas no âmbito da propriedade rural, o conceito de agronegócio — de base empresarial ou familiar — engloba toda a cadeia produtiva: antes da porteira, dentro da porteira e depois da porteira da propriedade rural.
O antes da porteira representa a pesquisa, a produção e fornecimento de insumos, máquinas, equipamentos e serviços especializados.
Já dentro da porteira, entram todas as atividades práticas da propriedade: preparo e manejo de solos, tratos culturais, irrigação, colheita e criação de animais.
Por outro lado, o considerado depois da porteira trata das atividades de transporte, armazenagem, industrialização, distribuição e comercialização dos produtos, até que cheguem às mãos dos consumidores em supermercados, bares, restaurantes, lojas e até postos de combustíveis.
O PIB do agronegócio brasileiro subiu com força ao longo de 2020 e acumulou avanço recorde de 24,31% no ano, de acordo com cálculos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizados em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
Diante disso, o PIB do agronegócio brasileiro alcançou em 2020 a participação de 26,6% no PIB brasileiro, contra 20,5% em 2019. Em valores monetários, o PIB do País totalizou R$ 7,45 trilhões em 2020, e o PIB do agronegócio chegou a quase R$ 2 trilhões.
Segundo pesquisadores do Cepea, no ano passado, o PIB do setor cresceu lentamente em abril e em maio, devido aos impactos negativos da pandemia de covid-19 sobre diferentes atividades do setor, mas houve forte aceleração de junho em diante, culminando nesse crescimento recorde observado.
Em 2020, o PIB teve alta para todos os segmentos do agronegócio, até mesmo para a agroindústria, que foi o segmento mais afetado pela pandemia. Especificamente, as variações no ano foram de 6,91% para os insumos, de 56,59% para o segmento primário, de 8,72% para a agroindústria e de 20,93% para os agrosserviços. Ademais, o excelente desempenho foi registrado para os dois ramos: o agrícola teve alta de 24,2% e o pecuário, de 24,56%.
Para 2021, a expectativa também é positiva e abordaremos mais sobre isso nas próximas colunas.
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