Mães no campo, conheça a história da Dona Maria
Segundo estudo do Instituto Millenium em parceria com a consultoria Octahedron Data eXperts (ODX), que considera dados da FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura da ONU, o Brasil é “top five” em exportações de produtos agrícolas no mundo. O levantamento foi realizado com o objetivo de entender como o agronegócio é um dos setores mais prósperos do país, tendo desempenhos surpreendentes mesmo em períodos de crise como o atual.
Na maioria das vezes, imagina-se que o Brasil é líder em produtos como a soja, café e carnes, que são produtos brasileiros que se destacam no comércio internacional. Contudo, esse é apenas o início da boa performance. O país está entre os cinco maiores exportadores em quase 30 categorias de produtos diferentes. Além dos já citados, alguns deles são: açúcar, cereais, milho, oleaginosas, frutas cítricas, pimenta, melancia, abacaxi, mamão papaia, coco, mandioca, caju, fumo, sisal e outras fibras.
Em 2020, impulsionado pela desvalorização da moeda nacional, o agronegócio foi responsável por, aproximadamente, US$ 45 bilhões das exportações em 2020 e há vários anos tem garantido o saldo positivo da balança comercial. O estudo também destacou que em relação à 2019, houve um aumento de 6% das vendas para o exterior. Por fim, em 2020, o PIB do setor avançou 2%, enquanto o da indústria caiu cerca de 3,5% e o dos serviços apresentou queda de 4,5%. No total, a atividade da economia brasileira como um todo recuou em 4,1%.
Além do incentivo às exportações com a alta do dólar, o amplo uso de tecnologia e as inovações foram essenciais para os ganhos de escala que o setor apresentou nos últimos anos e para o aumento da produtividade. Um exemplo disso foi a colheita de todas as lavouras, que atingiu o patamar de 1,24 bilhão de toneladas no ano passado. Essa produção ocupou uma área de 63 milhões de hectares, correspondente a 13,5% do território brasileiro. Por outro lado, houve um aumento no uso de máquinas: entre 2006 e 2017, o número de propriedades agrícolas com tratores, por exemplo, aumentou 50%. Desde 1975, esse crescimento é próximo de 400%.
Mesmo assim, ainda vale ressaltar que apenas 15% dos mais de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários buscam algum tipo de financiamento. Dos 784 mil estabelecimentos que obtiveram alguma forma de crédito, 47% desses recursos foram privados e 53% públicos. Isso significa que apesar do bom desempenho destacado no estudo, o setor ainda tem ambiente favorável para se desenvolver e conquistar altas posições na produção e exportação de outros produtos.
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