Empresas do agronegócio listadas em bolsa
Entre 2002 e 2020, o Sistema Campo Limpo evitou a emissão de aproximadamente 823 mil toneladas de gás carbônico, segundo o Estudo de Ecoeficiência para avaliar o programa, realizado pela Fundação Espaço Eco. A fim de comparação, o volume é compatível com mais de 15,5 mil viagens em torno da Terra de caminhão. Esses dados sinalizam os esforços da agricultura brasileira em direção à sustentabilidade e a preservação do meio ambiente.
Com o objetivo de compartilhar as responsabilidades na cadeia produtiva do agronegócio, o plano utiliza da logística reversa no descarte das embalagens. Nesse contexto, a prática consiste no frete de retorno, onde os veículos que transportam as embalagens preenchidas com defensivos agrícolas aos distribuidores e revendedores são usados, na volta, para levar esses recipientes vazios dos postos para as centrais, direcionando-as à reciclagem ou incineração.
No Brasil, os resultados alcançados são referências ao redor do mundo. Cerca de 94% desses objetos têm a destinação ambiental correta. A estrutura desse sistema consiste na organização de 47 transportadoras adequadas à sazonalidade do setor. No pico das atividades, são realizadas até 70 viagens por dia. Vale ressaltar que, por meio dessa logística reversa, há uma economia de energia, desde 2002, suficiente para abastecer mais de 5,2 milhões de residências por um ano, segundo o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), gestora do Sistema Campo Limpo.
Com esses resultados, o Brasil é referência mundial na destinação ambientalmente correta desses materiais, garantindo maior sustentabilidade e economia de recursos ao longo da cadeia de produção do agronegócio. Nessa lógica, e com o objetivo de permear e ampliar boas práticas de descarte de embalagens, o inpEV, em 2019, aderiu à Rede Brasil do Pacto Global, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) e se tornou parceiro do Proclima, projeto do governo do estado de São Paulo que visa impulsionar a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Esse é mais um exemplo de economia circular, busca uma nova maneira de projetar, produzir e consumir, respeitando os limites e a escassez de recursos do planeta, gerando valor e preservando o meio ambiente. É uma das tendências que devem continuar florescendo ao longo dos próximos anos no agronegócio.
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