Entenda a Logística reversa no agronegócio
Segundo relatório realizado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies), o Espírito Santo é o maior produtor nacional de pimenta do reino. Nesse contexto, o município de São Mateus é um dos destaques, sendo um dos líderes estaduais no cultivo e comercialização desse produto, que é um dos responsáveis por impulsionar a agricultura alimentar no estado.
Uma das principais características desse negócio é a presença marcante da agricultura familiar, ocupando 2,9 mil hectares em 2,4 mil propriedades rurais. Vale ressaltar que a região norte do estado é o maior polo de produção desse produto, dadas as condições climáticas favoráveis.
Nesse contexto, São Mateus se destaca, sendo reconhecida pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) como a capital estadual das especiarias. Nesse ramo, a pimenta do reino é o carro chefe, uma vez que o município é o maior produtor nacional, com cerca de 22 mil toneladas produzidas em 2019, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cidade ainda conta com uma cooperativa que se destaca nesse cenário, a Cooperativa dos Produtores Agropecuários da Bacia do Cricaré (COOPBAC) e outras agroindústrias que trabalham com o processo de exportação.
A partir do destaque nacional e internacional, todo o processo de produção conta com controle de qualidade desde o plantio ao beneficiamento com o objetivo de garantir alto padrão na circulação dentro do estado e no comércio internacional.
“A pimenta do reino é uma cultura perene de grande importância econômica para o município, e isso se deve principalmente pelas condições edafoclimáticas e a dedicação de todos os produtores”, explica a Paloma Pancieri, Coordenadora de Engenharia Agronômica da Prefeitura de São Mateus.
“O desenvolvimento das tecnologias da pimenta do reino no município tem ganhado o Brasil inteiro. Hoje, já é possível realizar o plantio com estacas vivas para que a planta possa se adequar melhor às condições naturais do local, uma vez que ela precisa de apoio para crescer”, destaca Pancieri.
Um exemplo de estaca viva, é o cultivo em moringa, que promove um aumento da durabilidade e do tempo de vida das plantas. Neste sentido, é importante destacar o anseio dos produtores por soluções que de fato resolvam suas dores. Assim, levadas ao campo, as novas tecnologias são desenvolvidas com o objetivo de aumentar a produtividade e a qualidade.
Por fim, com esses movimentos, outros tipos de pimenta como a rosa, da Jamaica e até mesmo o cravo da índia e o gengibre também vem se destacando na produção de São Mateus, fazendo jus ao apelido de capital das especiarias e consolidando a cidade como líder nacional nessas produções.
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