São Mateus: o polo nacional de pimenta do reino
A Raiz é uma startup capixaba voltada para o agronegócio, que tem como objetivo potencializar a comercialização de frutas, legumes e verduras (FLV) orgânicos, concedendo acessibilidade entre o campo e a cidade, por meio da compra planejada. Nesse sentido, a ideia é conectar as famílias produtoras em todas as regiões do Brasil à ponta desse mercado, cuidando de todo o relacionamento contido nesse processo.
A startup, criada em novembro de 2018, tem sede em Vitória, capital do Espírito Santo, e é especializada no ramo de alimentos orgânicos do agronegócio. “Nosso propósito parte de três perguntas principais: Quem tem qual produto? Onde está? E, por fim, qual a quantidade? Assim, o trabalho da nossa empresa utiliza muito de dados para conseguirmos projetar produções e demandas por orgânicos, além de interligar produtores a empresas do segmento”, afirma o sócio-fundador e CEO José Eduardo Scardua.
Nessa lógica, a startup trabalha com uma rede que consiste em encontrar FLV de qualidade, mapear produtores fornecedores, planejar a produção de acordo com as demandas encontradas e gerenciar essas conexões formadas a partir dos dados e informações gerados.
Assim, nos primeiros momentos de funcionamento, a Raíz trabalhava com entregas delivery, realizando entregas a clientes por meio do fornecimento vindo dos produtores. Contudo, nessa modalidade, foram encontradas algumas dificuldades. “Começamos a frustrar muitas compras. Nem sempre os pedidos chegavam completos. Conforme o volume de atividade se ampliou, mais destacado ficou esse erro. A partir daí, reformulamos todo o nosso modelo de negócio para solucionar esses problemas”, destaca Scardua.
Após a reestruturação, a empresa começou a trabalhar com o padrão Business to Business (B2B), operando a distribuição de FLV orgânicos com duas modalidades. Em primeiro lugar, com compras de volume maior e recorrentes, chamada de enterprise, e com compras de menor quantidade, incluindo projeções de produção. “Atualmente, são atendidos mais de 300 produtores ao todo e, em média, 35 clientes por mês, de norte a sul do estado, além de outros estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo”, salienta.
Para o futuro, espera-se que agricultores de todas as regiões do país possam ser atendidos, uma vez que Scardua destacou a visão nacional como um dos norteadores do projeto. Mesmo assim, hoje, a empresa se encontra num estágio de melhoria de processos, visando, dessa forma, escalar suas atividades.
“Estamos aprimorando e amadurecendo nosso modelo de negócios para poder crescer de forma sustentável. Já atendemos três estados, mas nosso foco agora está na otimização. O mercado em que operamos é promissor, cresce mais de dois dígitos a mais de uma década. Por isso, queremos qualificar ainda mais a nossa prestação de serviços”, acrescenta.
Por fim, vale destacar que o setor de orgânicos cresce em um movimento em que há aumento de demanda por esses bens e que a sustentabilidade e a redução do uso de agrotóxicos tem entrado em pauta. “Acreditamos que a dinâmica da empresa também está alinhada com a preservação do meio ambiente, gerando impactos ambientais, sociais e econômicos positivos”, finaliza Scardua.
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