Alta no preço de insumos prejudica mercado de ovos
Na última semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado trimestral do PIB do Brasil. Com o crescimento de 1,2% se comparado à última união de três meses de 2020, o resultado superou as expectativas do mercado de 0,9%. Nesse contexto, a agropecuária foi um dos setores que liderou parte dessa retomada, atestando novamente a importância do setor na economia brasileira.
O PIB da agropecuária foi o que mais cresceu no primeiro trimestre de 2021, registrando avanço de 5,7% na comparação com o quarto trimestre do ano passado. Esse valor superou a performance da indústria e dos serviços que consolidaram evolução de 0,7% e 0,4%, respectivamente. Em termos brutos, o valor adicionado da agropecuária à economia foi de aproximadamente R$ 209 bilhões.
Esses movimentos dão sequência aos avanços do setor em 2020, que foi o único a crescer em 2%, evitando que mais empregos fossem perdidos ao longo de um cenário pandêmico. Vale lembrar que no caso das exportações, comparando ao ano anterior, o agronegócio teve expansão de 6%, ante quedas de 2,7% na indústria extrativa e 11,3% da manufatura.
A partir desse cenário, aponta-se que a alta em relação ao ano passado foi puxada pelo aumento da produção e ganho de produtividade nas lavouras de soja (+8,6%), fumo (+3,6%) e arroz (+0,3%), culturas que possuem safras consideráveis nos três primeiros meses do ano. Além disso, o milho e mandioca, que também seguem as mesmas tendências, registraram queda na produção, de 0,7% e 1,3%, em ordem. Por fim, se comparado ao primeiro trimestre do ano passado, a agropecuária cresceu 5,2%.
Segundo o IBGE, a alta no segmento foi favorecida pela melhora na produtividade. Nesse sentido, com inovação e aplicação de novas tecnologias, o agronegócio se tornou uma dos setores mais resilientes aos choques econômicos no país. Para os próximos meses, os produtores devem ficar atentos ao avanço do calendário de vacinação e à possibilidade de uma terceira onda da Covid-19 pelo contágio da variante indiana. Junho deve ser o “divisor de águas” para a economia brasileira, mas de qualquer modo, o agronegócio deve manter os bons desempenhos.
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