Agronegócio contará com mais recursos de financiamento
Nas últimas décadas, iniciaram-se os debates sobre as mudanças climáticas e a preservação ambiental, com o início na diplomacia em 1997 no tratado de Quioto, quando diversas nações do mundo se comprometeram com a redução de gases de efeito estufa, como o CO2.
Mas os debates não se encerraram no Japão. Isso porque diversos especialistas sinalizam que diversas atividades econômicas, inclusive o agronegócio, dependem diretamente da preservação ambiental.
Segundo estudo do Banco Mundial, estima-se que haverá aumento médio de temperatura superior a 2°C até 2050. Nesse sentido, por depender diretamente de recursos naturais como solo e água, esse fenômeno pode reduzir o potencial de irrigação, intensificar a aridez do solo, tornar inviável a sobrevivência de algumas espécies e aumentar a incidência de pragas e doenças. Esse contexto gera desequilíbrio agrícola e provoca perdas de produção, além de prejudicar a migração de culturas de uma região para outra.
Assim, com o intuito de conter esses impactos, estudiosos de diversas entidades nacionais e internacionais ligadas ao agronegócio e meio ambiente recomendam medidas que tem o objetivo de controlar o desmatamento, incentivar o sistema de plantio direto, adotar sistemas agroflorestais e agrosilvipastoris, arborizar os cafezais e desenvolver práticas de melhoramento genético.
O levantamento do Banco Mundial aponta para a perda de solo com elevado potencial agrícola em duas regiões, caso inovações e novas técnicas não sejam adotadas. No Centro-Oeste e no Nordeste, por exemplo, a substituição de pastagens pelo cultivo de grãos e cana-de-açúcar poderia compensar a estimativa de perda em cerca da metade das terras cultiváveis.
Apesar de ser um tema preocupante, o agronegócio vem desenvolvendo novas tecnologias e métodos de produção a fim de evitar um colapso sistêmico nas atividades. No Espírito Santo, por exemplo, a startup Smartirriga está otimizando a gestão de recursos hídricos. No Brasil, grandes companhias investem em empresas de estágio inicial e em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) com o objetivo de criar soluções inovadoras para estes impasses e o mercado de orgânicos tem um forte potencial de crescimento por meio de práticas sustentáveis.
Esses são apenas alguns exemplos que indicam como a agropecuária nacional desempenha um forte papel na proposição da sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória