A produtividade da agropecuária quadruplicou entre 1975 e 2015, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Isso significa que a capacidade de transformar insumos em produtos de forma mais eficiente vem sendo o motor do agronegócio nos últimos anos. Contudo, ainda há uma janela de oportunidades para ampliar ainda mais essa eficiência por meio da tecnologia e da conectividade.
Por isso, entenda o processo de implementação do 5G nas propriedades brasileiras.
O 5G é a próxima geração de rede de internet móvel que, além de maior velocidade em relação ao 4G e ao 3G, amplia a conectividade entre objeto eletrônicos e facilita a conectividade entre cidades e diferentes regiões, tornando-as inteligentes.
Atualmente, enquanto vários países já elaboraram as suas infraestruturas para receber a tecnologia 5G, o Brasil se prepara para o primeiro leilão que ocorrerá ainda neste ano ou em 2022. Assim, esse recurso, que acelera a transformação digital em diversos setores da economia, atenderá os brasileiros em breve.
No agronegócio, esses benefícios vão desde a conectividade entre as máquinas utilizadas até a integração com softwares utilizados nas fazendas. Nesse sentido, um relatório elaborado pela Nokia e Omdia estima que essa tecnologia pode gerar US$ 76,8 bilhões para o setor até 2035. Na prática, isso significa que as fazendas observarão ganhos de produtividade e de escala em todas as etapas da produção.
Primeiramente, o 5G pode ser utilizado na operação remota de tratores, colheitadeiras e de outras máquinas autônomas que possuam conectividade com esse sistema. Com isso, haverá a possibilidade de traçar rotas de forma mais precisa, evitandos desperdícios de recursos.
Além disso, a partir do controle a distância, as máquinas poderão operar sob quaisquer condições, dia e noite. A nova tecnologia também permitirá ampliar o uso de veículos aéreos não tripulados (VANTs), os drones, que poderão ter maior alcance e confiabilidade nos registros de fotos e coleta de dados nas propriedades. Eles podem ser usados, por exemplo, para mapear a terra, analisar o solo e as culturas e aplicar defensivos agrícolas.
Ainda, será possível efetuar a conexão de uma ampla gama de outros tipos de infraestrutura, como sensores conectados ao solo, às plantas e aos animais e sistemas de irrigação e monitoramento de pragas. As informações de estações meteorológicas também poderão ser acompanhadas com uma maior frequência e em tempo real. O controle e monitoramento de riscos também será facilitado, evitando grandes desastres como incêndios e roubos.
Por fim, o 5G permitirá a instalação de sistemas de segurança de várias camadas, incluindo sensores em portões, cercas e de detecção de movimento, bem como câmeras que podem ser conectadas pela tecnologia. Dessa forma, a nova ferramenta auxiliará os produtores rurais em todos os níveis de tomada de decisões.
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