O agro na bolsa: como a AgroGalaxy estreou na B3?
Na última quarta-feira (28), foi comemorado o Dia do Agricultor. Nesse sentido, contar a trajetória da agricultura brasileira ao longo dos últimos é fundamental não só para reconhecer um dos setores que move a economia nacional, mas também cada produtor que faz parte desse processo.
Nos últimos 40 anos, o Brasil saiu da condição de importador de alimentos para se tornar um grande fornecedor mundial desses produtos. A partir do aumento da produtividade, quadruplicada nas últimas quatro décadas, foi possível aumentar a oferta de alimentos no país e reduzir o preço da cesta básica, além de colocar o Brasil como um dos principais players do agro internacional.
Mas para chegar à essa conclusão, vamos voltar 50 anos em nossa história…
Em geral, em meados do século passado, agricultura brasileira era quase rudimentar. Ao comparar com a atualidade, a soja era apenas uma curiosidade, sem expressão no mercado doméstico e nem sonhando com o mercado internacional. Além disso, o trabalho braçal na produção agropecuária “era lei”. Naquela época, menos de 2% das propriedades rurais contavam com maquinaria ou aplicação de tecnologia.
Na prática, o resultado era o baixo rendimento por hectare e pouca produção. Na contramão do que ocorre hoje, o crescimento da agricultura exigia que extensas áreas naturais fossem convertidas em lavouras e pastagens. Assim, práticas inadequadas geravam impactos ambientais, como erosão e assoreamento do solo. E, mesmo assim, as fazendas não produziam o suficiente para atender à demanda interna.
Em uma outra realidade paralela, Brasil vivia um momento de forte industrialização, com cidades em crescimento, aumento da população e maior poder aquisitivo. Por isso, a escassez de alimentos era algo recorrente na rotina dos brasileiros, como mostra a manchete da época ao lado.
Por outro lado, a pesquisa em melhoramentos genéticos das plantações e de animais e para a evolução nas técnicas de manejo era praticamente inexistente. Dessa forma, as gerações de agricultores dessa época fundaram a nossa agricultura “do zero”.
Entre 1975 e 2017, a produção de grãos, que era de 38 milhões de toneladas, cresceu mais de seis vezes, atingindo 236 milhões, enquanto a área plantada apenas dobrou. Os destaques principais são os aumentos de rendimento de 346% nas culturas de trigo, de 317% em relação ao arroz e de 270% para o milho. Ainda, as culturas de soja e feijão praticamente dobraram o rendimento nesse período.
Por outro lado, o número de cabeças de gado bovino no país mais que dobrou nas últimas quatro décadas, enquanto a área de pastagens teve pequeno avanço. Hoje, o Brasil figura como um dos principais atores na produção e no comércio de carne bovina mundial. O país é o 2º maior produtor, atrás apenas dos Estados Unidos, e o principal exportador, com quase 2 milhões de toneladas vendidas a outros países em 2017, por exemplo, segundo a Embrapa.
No cultivo de árvores, houve expansão de 52% na área de florestas plantadas entre 1990 e 2014. Em 2016, as plantações de eucalipto foram responsáveis por fornecer 98,9% do carvão vegetal, 85,8% da lenha, 80,2% da madeira destinada a celulose e 54,6% da madeira em tora a outros usos no território brasileiro.
Mas de onde veio esse avanço?
Em suma, três grandes fatores proporcionaram esse movimento: a estabilização macroeconômica no país, iniciada em 1990, o aumento nas produções de pesquisas no agronegócio e, por último, mas não menos importante, a persistência do agricultor brasileiro e seu compromisso com o desenvolvimento do setor.
Por isso, a Agro Business reforça: parabéns a todos os agricultores brasileiros que moldaram os rumos do setor e que alimentam as famílias do Brasil e do mundo!
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória