Dia dos Pais no campo = sucessão rural
Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial deve atingir a marca de 10 bilhões de pessoas até o ano de 2050. Nesse sentido, para suportar esse montante populacional, a produção de alimentos deve crescer e se tornar mais produtiva.
Nesse sentido, o agronegócio brasileiro, uma das forças mundiais, passará por inovações para cumprir esse objetivo. Dessa forma, veja o que esperar do agro ao longo dos próximos anos!
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), para que a humanidade chegue à metade deste século com produção suficiente e sem destruir o planeta, novos modelos de agricultura e de tratamento com o campo serão necessários. Nesse sentido, os insumos como água, terra e fertilizantes deverão ser utilizados com maior eficiência. E essa é a tendências das inovações a seguir.
1) Integração agricultura-pecuária-floresta
Uma das principais fórmulas para o futuro da agropecuária vem da integração lavoura-pecuária-floresta. Esse método de uso da propriedade consiste na criação de intervalos entre as safras e colheitas, usando a área de plantação como pasto em períodos de baixa e fazendo o rodízio entre culturas como soja, milho e capim, por exemplo. Nesse sentido, evita-se a exaustão do solo e menor necessidade de terras para prática tanto da agricultura quanto da pecuária.
2) Redução no consumo de recursos hídricos e baixo carbono
Com as recentes e a atual crise hídrica, um dos grandes desafios é inovar na gestão e no uso da água nas propriedades. Um dos exemplos no ES é a startup Smartirriga, que criou um sistema inteligente de irrigação a distância, evitando o desperdício.
Além disso, a redução de emissões de carbono também se torna um desafio para ampliar a sustentabilidade. Dados do Ministério da Agricultura apontam que, no segundo semestre de 2020, apenas a área agrícola financiada pelo programa de crédito Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) superou 750.000 hectares, alta de 47% desde 2019.
3) Rastreamento da cadeia
Além de aumentar a produtividade, o rastreamento de cadeias amplia a transparência e a disponibilidade de informações sobre as propriedades brasileiras. Uma das alternativas que vem sendo desenvolvida em território nacional é o mapeamento via satélite, que auxiliará agroempresas a acompanhar a cadeia produtiva, identificando gargalos e criando soluções sustentáveis e que aumentam a capacidade de produção.
4) Agricultura de precisão
Tecnologias como big data, geolocalização, automação e robótica se tornarão cada vez mais uma tendência no agronegócio brasileiro. Esse movimento proporciona a chamada agricultura de precisão, que busca a análise de dados como a principal ferramenta peara desenvolvimento de softwares e técnicas automáticas, que auxiliam o produtor no manejo da terra e dos insumos, bem como na gestão da produção.
5) Profissionalização da agricultura familiar
A agricultura familiar responde por 70% dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro. Mas esse é um segmento que ainda segue à margem dos avanços do agro, com pouco crédito, acesso à tecnologia e qualificação. Uma pesquisa do Sebrae junto à Embrapa constatou que 95% dos produtores já tinham um smartphone, mas não conseguiam se apropriar dos recursos na produção.
Nesse sentido, a profissionalização dos pequenos proprietários já é uma inovação no agro, buscando qualificar a mão de obra nessas terras, aumentando a produtividade e o uso de tecnologia.
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