Prefeito de Linhares se prepara para receber maior encontro do agro no ES
No mês passado, a Nestlé lançou uma nova tecnologia de assistente virtual, conhecido como Theo. O suporte foi criado para tirar dúvidas de produtores de cacau no campo por meio do próprio WhatsApp. O Theo é mais uma das iniciativas da Nestlé para auxiliar os agricultores envolvidos na cadeia produtiva do cacau.
Para entender melhor sobre essa ferramenta, conversamos com o Pedro Malta, Head de Agricultura da Nestlé, e o Dr. George Sodré, professor da UESC e pesquisador aposentado da CEPLAC.
O nome Theo tem origem no próprio nome científico do cacau: Theobroma cacao. Assim, a interface, com base em informações técnicas e científicas, usa como fonte o Boletins Técnico Nº 221 da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), do Ministério da Agricultura. A ferramenta responderá questionamentos sobre plantio, irrigação, poda, colheita e questões nutricionais, entre outros temas e para acessá-la, o produtor pode enviar as dúvidas pelo número (27) 99901-1960.
A ideia surgiu em uma experiência de George Sodré, por meio do esclarecimento de suas dúvidas por um chatbot.
“Um dia eu precisei de atendimento on-line em uma empresa de celular e com 30 minutos tudo foi resolvido pelo chatbot. Essa experiência me fez pensar, que da mesma forma como foi fácil e prático resolver meu problema e sanar minhas dúvidas, poderíamos também adotar uma tecnologia semelhante para a agricultura”, explicou Sodré.
Para quem não conhece, Chatbot é um programa de computador que tenta simular um ser humano na conversação com as pessoas. O objetivo é responder as perguntas de tal forma que as pessoas tenham a impressão de estar conversando com outra pessoa e não com um programa de computador.
“Essa experiência aliada a um trabalho que estava desenvolvendo na revisão de um livro de 500 perguntas e respostas essenciais no cultivo de cacau e a parceria com a Nestlé, conseguimos colocar o projeto do Theo de pé”, afirmou Sodré.
A iniciativa envolvendo o Theo é fundamental para os produtores dada a falta de acesso a informações.
“Alguns dos estados produtores não possuem mais os serviços de assistência técnica e extensão rural. Portanto, muitos agricultores, principalmente os de baixo poder aquisitivo, não possuem acesso a conteúdo de ponta. Com o uso das informações da contidas na publicação e das orientações do professor George Sodré, tomamos conhecimento da atualização do Boletim Técnico e com isso, desenvolvemos essa nova tecnologia. Uma contribuição da empresa para que o produtor acesse as informações de qualidade, dado o amplo uso do WhatsApp”, complementa Pedro Malta, Head de Agricultura da Nestlé.
Segundo Sodré, o Theo ainda está em estágio inicial e a ideia é desenvolvê-lo e divulgá-lo em maior escala. “Queremos incorporar mais conteúdo, inserir um corpo técnico qualificado para também participar do processo e desenvolver interação por meio de áudio”, complementa.
O Theo é mais uma das iniciativas da Nestlé para auxiliar os agricultores envolvidos na cultura do cacau. Além dele, a companhia utiliza, por exemplo, geomonitoramento em fazendas fornecedoras, o que amplia a rastreabilidade do cacau e permite monitorar as propriedades e eventuais alterações na cobertura do solo e indícios de desmatamento. A meta da Nestlé é ter 100% da cadeia de fornecimento certificada até 2025.
“O intuito do Theo se conecta com as iniciativas da empresa, como o Nestlé Cocoa Plan. Esses projetos têm objetivos sociais, econômicos e agrícolas. Em relação ao Theo, trata-se de um tema relacionado a eficiência agronômica, sanando dúvidas de colheita, poda e cuidados com as plantas. Nosso intuito é tornar a cacauicultura mais eficiente e atrativa para as novas gerações, desenvolvendo a cadeia de produtores”, completou Pedro Malta.
A coluna AgroBusiness, parabeniza a iniciativa da empresa e espera que os cacauicultores utilizem dessa ferramenta para tirar suas dúvidas e melhorem cada vez mais a qualidade do cacau produzido no Brasil.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória