Conheça a Jaqueline e Eduardo do Sítio Floresta, que exportam cafés capixabas para o mundo
Nos últimos meses, você provavelmente escutou que o mercado de commodities está novamente aquecido. Segundo o Índice de Comércio Exterior (Icomex) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), podemos verificar uma tendência de anos: o aumento da participação de commodities nas exportações do Brasil. Em setembro, por exemplo, cerca de 70% de todas as exportações foram de produtos ligados à esse tipo de mercadoria.
Esse é o maior valor da série histórica, iniciada em 1998, e soja, petróleo e minério de ferro seguem como carros-chefes. Naquele mês, foram responsáveis por mais de 40% das vendas externas.
Mas o que são as commodities e por que elas são tão importantes para o nosso país?
No sentido original, a palavra tem a raiz common (comum em português), que designa produtos com características semelhantes em qualquer lugar do planeta. Nesse contexto, engloba tanto produtos agropecuários quanto minerais, por exemplo.
Ainda, ao longo do tempo, a evolução do comércio internacional e do mercado financeiro acrescentaram características a esse conceito. Além de padrões mundiais similares, as commodities precisam ter produção em larga escala, capacidade de estocagem, baixa industrialização e alto nível de comercialização, isto é, bens primários e que podem ser cotados internacionalmente.
Nesse contexto, são consideradas commodities: café, soja, milho, trigo, borracha, arroz, cobre, prata, alumínio, minério de ferro e petróleo, por exemplo. Nesse contexto, os preços desses bens são definidos nas bolsas de mercadorias e futuros. A maior bolsa do planeta desse tipo fica em Chicago, nos Estados Unidos, onde são definidas as cotações dos contratos futuros e de opções da maioria das commodities.
Ao darmos os exemplos de commodities, você provavelmente já identificou que o Brasil é produtor e vendedor de boa parte delas. Em termos de oportunidades, o país encontra um mercado global próspero e com alta demanda por essas mercadorias. Por meio delas, estabelecemos parcerias comerciais com China, Estados Unidos e União Europeia, mantendo resultados superavitários na balança comercial.
Por outro lado, em termos de desafios, essas mercadorias apresentam maior volatilidade nos preços se comparados aos bens industrializados. Nesse sentido, choque no mercado de commodities afetam o nosso país. Ainda, os fatores climáticos como secas e geadas, que ocorreram esse ano no Brasil, podem afetar a produção. No mercado global, o país também divide espaço com outras nações desenvolvidas e em desenvolvimento como os Estados Unidos, Índia, Austrália, Rússia e China.
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