Entregas de fertilizantes batem recorde em 2021 e alcançam 46 milhões de toneladas
Com o clima predominantemente seco no início de 2022 na região Centro-Sul do país, o mercado de milho iniciou o ano movimentado. A partir da pressão sobre as culturas, o aumento da demanda e a escassez de oferta, os produtores e vendedores voltaram a observar altas de preços neste ano. Considerando o recorte das duas primeiras semanas do ano, as cotações já escalaram 7,7% no mercado de balcão e de 6,9% em negociações entre empresas, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA-Esalq/USP.
Nesse contexto, algumas praças registraram sacas de 60kg ultrapassando os R$ 100,00. Os dados oficiais divulgados no início de janeiro já consolidaram o impacto da seca no desenvolvimento e na produtividade das lavouras ao redor do país, em especial no Sul.
Segundo a Conab, a produção da safra verão deve somar 24,78 milhões de toneladas, alta de apenas 0,3% frente à safra 2020/21. Contudo, houve redução de quase 5 milhões de toneladas em relação às estimativas de dezembro, que apontavam 29 milhões de toneladas. No entanto, no agregado das três safras, a Companhia segue estimando produção 2021/22 acima da anterior.
Esses movimentos podem seguir pressionando os preços na cadeia de produção de alimentos, como de carnes, ovos e leite. Isso porque o milho é um insumo base para sustentar a atividade pecuária. Assim, no fim das contas, esses movimentos podem ocasionar em repasse de maiores custos aos consumidores, dados os efeitos adversos da seca sobre a cadeia produtiva.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória