Mar 2022
16
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Rumos para a economia de baixo carbono

O acordo de cooperação técnica, irá apoiar a realização de estudo visando a criação de mecanismos de incentivo à redução de emissões de carbono na produção de carne e leite no Brasil.

O estudo terá dois objetivos: a elaboração de uma calculadora de análise de ciclo de vida (que avalia toda a cadeia de produção, dos insumos utilizados na produção ao consumidor final) que vai auxiliar na mensuração e certificação das emissões de carbono realizadas nos diversos modelos de produção pecuária. O segundo objetivo, será propor mecanismos que estimulam estratégias e modelos de negócios voltados para o investimento em tecnologias de baixo carbono.

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, diz ainda, que os dados produzidos a partir desse estudo poderão ser utilizados tanto pelo BNDES como por demais bancos e instituições financeiras para avaliar risco e retorno social em suas análises de crédito.

“Precisamos construir essa informação da quantidade de carbono para os grandes e pequenos produtores rurais, porque estamos convencidos de que será uma vantagem competitiva para a pecuária brasileira. Então é uma jornada que chegou pra ficar, sendo indispensável; vemos isso como uma grande oportunidade em que todo pecuarista, todo industrial e todo prestador de serviços do Brasil precisa enxergar”, comenta.

Técnicas de produção pecuária anti-carbono

A agricultura de baixo carbono, propõe um sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) que, como o nome diz, é a mistura das plantações, da criação de animais, e das coberturas florestais em um mesmo espaço.

É um dos métodos que podem ser utilizados pelos produtores rurais que querem reduzir sua emissão de carbono. Esta estratégia de produção que já vem crescendo no Brasil, visa aliar a produção pecuária à produção florestal dentro de uma mesma área.

Essa produção florestal é o que auxilia o produtor a reduzir sua emissão, com as árvores sequestrando o dióxido de carbono em seu processo de fotossíntese para produzir oxigênio, desta forma, reduz a quantidade de CO2 no ar.

A ILPF pode ser feita de três maneiras. Consorciada, quando o plantio é feito entre a vegetação nativa ou entre outros vegetais já plantados. Pode também ser feita com base na rotatividade, cultivando diferentes espécies em ciclos específicos ao longo do ano, e, finalmente, em sucessão, com o cultivo de diferentes culturas sem levar em consideração o tipo de plantas, ou qual a finalidade do uso da terra.

Como vimos, essa alternativa pode ajudar os pecuaristas à evitar a escassez dos recursos hídricos e erosão do solo, garantir maior eficiência no processo de fixação de carbono e nitrogênio, garantido pelos diferentes usos da terra, a manutenção da biodiversidade da região e a diminuição da emissão de gases do efeito estufa.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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