Abr 2022
26
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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porStefany Sampaio

Os motivos por trás dos investimentos de Bill Gates

Fundador da Microsoft – empresa gigante por conta do sistema operacional Windows -, Gates não aposta todas suas fichas no mercado da tecnologia. Na verdade, tirando sua pequena participação indireta na Apple – rival da Microsoft – através de sua participação nas ações da gestora Berkshire Hathaway de Warren Buffet, o grosso do patrimônio dele está alocado em ativos considerados tangíveis.

Isto é, Gates prefere ter seu patrimônio em ativos ‘reais’, como ferrovias, fábricas, maquinário pesado, casas e fazendas. Para ele, essa classe de ativos possuem uma característica especial: o de ser efetivamente uma reserva patrimonial, algo palpável e geralmente físico.

A razão disso, é que muitas vezes os investidores tratam os tradicionais ativos financeiros – títulos da dívida, ações, fundos etc – como as maiores e melhores formas de se ter uma reserva monetária, porém, se engana quem pensa assim. Esses ativos são e estão muito mais suscetíveis a problemas ou interferências da política, isto porque, se tratam de papéis que têm grande parte do valor atrelado à especulação.

Em contrapartida, os ativos tangíveis possuem grande parte do seu valor atrelado à escassez e, se bem administrados, podem ser extremamente produtivos e gerar benefícios diretos e indiretos para o investidor como também para a sociedade. No caso das fazendas de Bill Gates, o protege dos efeitos da inflação alimentícia e ainda exerce a função social de produzir alimentos para a população.

Tendo isso em mente, a estratégia de ser o maior dono de terras de Gates fica clara: buscar ganhos com uma das indústrias mais sólidas e resilientes do mundo – a agropecuária.

Maior dono de terras por lá, não seria nem o terceiro maior do Brasil

A indústria do agronegócio brasileira é responsável por produzir alimentos para cerca de 800 milhões de pessoas ao redor do globo e para garantir que a oferta atinja essa gigantesca demanda, possuímos algumas das maiores empresas do ramo no planeta.

Mas você sabe quem são os ‘reis dos hectares’ no Brasil? Atualmente, três empresas disputam ferrenhamente por este posto – e todas elas possuem mais propriedades rurais do que o magnata Gates. Juntas, as empresas somam quase 1,3 milhão de hectares produtivos; confira quem são:

3º Lugar – Grupo Amaggi – 258 mil hectares

Nascida em 1979 como uma empresa do ramo de sementes do Paraná, logo expandiu-se para o Mato Grosso e iniciou um dos maiores impérios do agro brasileiro, focando na produção de soja, milho e algodão.

2º Lugar – SLC Agrícola – 468,2 mil hectares

Fundada em 1977 pelo Grupo SLC, produz soja, milho e algodão e foi uma das primeiras empresas do agronegócio a ser listada em uma Bolsa de Valores no mundo, o que a torna referência no segmento.

1º Lugar – Grupo Bom Futuro – 583 mil hectares

O Grupo possui mais de 30 anos de atuação no Mato Grosso, e é hoje o maior produtor de soja individual no mundo e o maior do Brasil em algodão e, para tal, precisou se tornar o maior dono de terras do Brasil.

Sem posição – Bill Gates – 100 mil hectares

Empreendedor, visionário e fundador de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, é também o ‘Rei do Agro’ nos Estados Unidos, embora ainda esteja distante dos maiores proprietários brasileiros.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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