Agro teme influência do La Niña pela terceira safra seguida
Empreendedor, visionário e fundador de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, é também o ‘Rei do Agro’ americano. Isto porque em 2021, Bill Gates adquiriu ainda mais terras do que já possuía – chegando a um total de 100 mil hectares -, e se tornou o maior latifundiário por lá. Contudo, se engana quem pensa que os proprietários de terras brasileiros ficam pra trás, porque por aqui, ele não estaria nem entre os três maiores.
Fundador da Microsoft – empresa gigante por conta do sistema operacional Windows -, Gates não aposta todas suas fichas no mercado da tecnologia. Na verdade, tirando sua pequena participação indireta na Apple – rival da Microsoft – através de sua participação nas ações da gestora Berkshire Hathaway de Warren Buffet, o grosso do patrimônio dele está alocado em ativos considerados tangíveis.
Isto é, Gates prefere ter seu patrimônio em ativos ‘reais’, como ferrovias, fábricas, maquinário pesado, casas e fazendas. Para ele, essa classe de ativos possuem uma característica especial: o de ser efetivamente uma reserva patrimonial, algo palpável e geralmente físico.
A razão disso, é que muitas vezes os investidores tratam os tradicionais ativos financeiros – títulos da dívida, ações, fundos etc – como as maiores e melhores formas de se ter uma reserva monetária, porém, se engana quem pensa assim. Esses ativos são e estão muito mais suscetíveis a problemas ou interferências da política, isto porque, se tratam de papéis que têm grande parte do valor atrelado à especulação.
Em contrapartida, os ativos tangíveis possuem grande parte do seu valor atrelado à escassez e, se bem administrados, podem ser extremamente produtivos e gerar benefícios diretos e indiretos para o investidor como também para a sociedade. No caso das fazendas de Bill Gates, o protege dos efeitos da inflação alimentícia e ainda exerce a função social de produzir alimentos para a população.
Tendo isso em mente, a estratégia de ser o maior dono de terras de Gates fica clara: buscar ganhos com uma das indústrias mais sólidas e resilientes do mundo – a agropecuária.
A indústria do agronegócio brasileira é responsável por produzir alimentos para cerca de 800 milhões de pessoas ao redor do globo e para garantir que a oferta atinja essa gigantesca demanda, possuímos algumas das maiores empresas do ramo no planeta.
Mas você sabe quem são os ‘reis dos hectares’ no Brasil? Atualmente, três empresas disputam ferrenhamente por este posto – e todas elas possuem mais propriedades rurais do que o magnata Gates. Juntas, as empresas somam quase 1,3 milhão de hectares produtivos; confira quem são:
3º Lugar – Grupo Amaggi – 258 mil hectares
Nascida em 1979 como uma empresa do ramo de sementes do Paraná, logo expandiu-se para o Mato Grosso e iniciou um dos maiores impérios do agro brasileiro, focando na produção de soja, milho e algodão.
2º Lugar – SLC Agrícola – 468,2 mil hectares
Fundada em 1977 pelo Grupo SLC, produz soja, milho e algodão e foi uma das primeiras empresas do agronegócio a ser listada em uma Bolsa de Valores no mundo, o que a torna referência no segmento.
1º Lugar – Grupo Bom Futuro – 583 mil hectares
O Grupo possui mais de 30 anos de atuação no Mato Grosso, e é hoje o maior produtor de soja individual no mundo e o maior do Brasil em algodão e, para tal, precisou se tornar o maior dono de terras do Brasil.
Sem posição – Bill Gates – 100 mil hectares
Empreendedor, visionário e fundador de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, é também o ‘Rei do Agro’ nos Estados Unidos, embora ainda esteja distante dos maiores proprietários brasileiros.
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