Jul 2022
31
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Jul 2022
31
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Revezamento da soja com milho e trigo

O Brasil é o maior produtor de soja do mundo. Possui área plantada de 38 milhões de hectares, a maior parte no sul e no centro-oeste do país. Na última safra foram colhidas mais de 135 milhões de toneladas do grão. Embora considerado o ouro do agro brasileito, o cultivo não é nada comum no Espírito Santo.

Para aumentar a produtividade e o faturamento da propriedade da família, localizada no município de Pinheiros, no extremo norte do estado, os irmãos Arthur e Lucas Sanders apostaram no cultivo de soja. O plantio foi iniciado em março do ano passado, com base na experiência de mais de 20 anos de produção de grãos.

“A gente queria encaixar uma cultura de curto prazo, que permitisse três safras por ano. Nós testamos e achamos o feijão inviável aqui na nossa região. Gostamos bastante da cultura da soja, porque o trato das plantas é bem rústico em comparação com outras culturas que a gente já mexeu”, explica Lucas.

A ideia é revezar o cultivo de soja com os de trigo e milho em diferentes épocas do ano, com o plantio de trigo no outono e no inverno e de milho na primavera. A soja seria plantada no verão, por causa das altas temperaturas, mas os irmãos decidiram plantar no outono por uma questão de oportunidade. Posteriormente será feito o ajuste.

“Nós tínhamos que validar o processo o mais rápido possível. Já trabalhamos com grãos há muito tempo, mas nós não conseguíamos entrar na cultura da soja. Devido à janela de preço e de oportunidades, tínhamos que fazer naquele momento para validar. Mas o estudo de comportamento mostra que a melhor época é o verão”, afirma Arthur.

Do grão à comercialização do produto final

Na primeira safra, Arthur e Lucas esperam colher de 60 a 70 sacas. No futuro, eles esperam alcançar a marca de 100 mil sacas por safra. Para estimular o cultivo de soja no Espírito Santo, os irmãos querem formar uma cadeia de produção e beneficiamento do grão, o que permitiria a comercialização do produto final.

“A nossa intenção é fazer o beneficiamento, separando o óleo do farelo. O óleo tem uso na indústria de combustíveis, na farmacêutica, na produção de rações. O farelo é a base da alimentação de proteína, pode ser usado em granjas de corte e postura, que é o que o nosso estado tem em grande quantidade”, ressalta Arthur.

Veja mais sobre o agronegócio capixaba no programa Agro Business deste domingo (31), às 8 horas, nas TV Vitória, Record TV.

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas