Set 2022
21
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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porStefany Sampaio

3º Encontro Agro Business será em Venda Nova do Imigrante

O evento, parceria entre a Apex Partners e Rede Vitória, vai abordar, dentre outros assuntos, sobre o mercado de créditos de carbono. Um dos palestrantes confirmados é Sávio Sardinha, engenheiro agrônomo e head da Agro Future Carbon, empresa que desenvolve projetos baseados na geração de créditos de carbono.

O conceito de crédito de carbono surgiu a partir do Protocolo de Kyoto, em 1997, como uma forma de mitigar o aquecimento global dando a países e empresas que emitem menos carbono a oportunidade de vender títulos (créditos de carbono) para aqueles que não conseguiram atingir suas metas de redução de emissão.

Durante a COP26, o Brasil se comprometeu em reduzir a emissão de carbono em 50% até 2030.  Para ter uma noção, a cada tonelada de carbono que deixa de ser emitida para a atmosfera corresponde a um crédito de carbono.

Sávio vê o encontro como uma forma de discorrer sobre o inventário de emissões de gases do efeito estufa. O relatório reúne a compilação e a análise de dados e contribui para a responsabilidade e sustentabilidade ambiental nas instituições. “Empresas que não tem inventários vão ter muitas dificuldades do ponto de vista de alocação de capital e relacionamentos com bancos”, disse.

Ele também pretende trazer informações sobre a implementação do carbono no solo e falar com mais detalhes sobre o contrato inédito da Future Carbon com a canadense Carbon Streaming Corporation. A operação cede os direitos sobre 5% da receita gerada pelo “fluxo futuro” de créditos de carbono da Future.

A canadense vai desembolsar US$ 3 milhões para o desenvolvimento e a manutenção de quatro projetos de REDD++ (incentivo desenvolvimento no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima).

Mercado de crédito de carbono impulsiona o agronegócio

Mariana Caetano, diretora comercial da Santos LAB, empresa especializada em tratamento de dados históricos de clima e análises de solos, vai abordar sobre as formas de manejo de recursos hídricos e agricultura mais sustentável para os produtores rurais.

O produtor precisa acompanhar de perto as mudanças que o agronegócio tem passado. Para ela, a agricultura precisa ser produtiva, mas também ser resiliente ainda mais devido aos impactos do clima extremo que têm se tornado frequentes no Brasil e no mundo.

Existem mecanismos que remuneram os produtores que estão preocupados com a preservação do meio ambiente. No Brasil, existe o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que estimula à conservação e desenvolvimento sustentável pela remuneração em troca do bem preservado.

“As empresas precisam passar a adotar esse mecanismo. Quando o produtor rural tem um excedente de vegetação na propriedade, existem produtos e linhas de créditos que os bancos podem oferecer com taxas de juros mais baixas. É uma forma de manter mais áreas de preservação”, destacou.

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