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A Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes) elegeu os representantes da nova diretoria e do conselho fiscal para o quadriênio 2022-2026. Júlio da Silva Rocha Júnior, que atua há 15 anos em diferentes cargos de liderança, foi reeleito para mais um mandato à frente da federação, entidade que representa os interesses do produtor capixaba, com o foco em promover o desenvolvimento econômico e social do setor agropecuário. Dentre as suas metas para este novo mandato, está ampliar o número de produtores rurais assistidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), que atualmente auxilia dois mil produtores no Estado.
“Inovação é a palavra mais forte para a continuidade dos projetos e início deste novo mandato”. Assim o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), Júlio da Silva Rocha Júnior, define quais serão os próximos passos neste quadriênio 2022-2026.
Ouvir as demandas e críticas dos produtores rurais e, posteriormente, propor soluções às questões apontadas é um dos caminhos que a Faes pretende adotar nos próximos dias ao entrevistar 17 mil produtores, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae/ES).
Um dos desafios da federação é potencializar o sinal de internet em todo território capixaba para acelerar processos e disseminar a inovação e a tecnologia nas propriedades rurais.
Júlio aponta que os produtores precisam da expansão do sinal de internet para seguir os passos inovadores da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que tem instalado escritórios nos países asiáticos para expandir e favorecer a exportação de produtos dos pequenos e médios produtores.
Um dos projetos que terão continuidade e serão potencializados é o programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) que atende o produtor rural de forma gratuita por um período de dois anos e quatro meses, proporcionando a adequação ambiental da propriedade e a regularização dos aspectos legais nas propriedades.
O modelo de atendimento do programa consiste em uma visita técnica mensal de quatro horas em cada propriedade. A metodologia passa por cinco etapas, o diagnóstico individualizado; planejamento estratégico; adequação tecnológica; capacitação profissional; e avaliação de resultados.
Os produtores e criadores de gado têm recebido auxílio da Federação neste período de extensa estiagem no Espírito Santo, porém ainda existem desafios a serem enfrentados.
“Nós temos debatido o assunto porque os animais estão perdendo peso e produtividade sem a pastagem adequada. Os produtores estão com dificuldades de oferecer alimentos volumosos aos animais e salvar o gado, devido a baixa disponibilidade de pasto por conta da estiagem. Estamos conscientizando os produtores para prevenir que os animais acabem morrendo de fome, seja na produção de cana e capim de corte de qualidade”, ressaltou o presidente da Faes.
O período de estiagem tem afetado a disponibilidade de alimentos volumosos para os animais no Espírito Santo. Uma alternativa que tem funcionado é a compra da cana de açúcar no Rio de Janeiro, mas devido aos custos elevados o produtor tem enfrentado dificuldades no pagamento do frete.
“Pedimos auxílio das prefeituras no transporte dos volumosos. Por conta da baixa disponibilidade no estado, o valor da cana comprada no Rio de Janeiro fica o dobro do valor para o produtor. Solicitamos que o poder público ajude nesse pagamento do frete porque o índice de mortalidade dos animais pela seca está assustador”, destacou Júlio da Rocha.
Neste mandato, Júlio Rocha também faz parte da vice-presidência da CNA, trazendo para o Espírito Santo a expectativa de expansão do quadro técnico de colaboradores, que a princípio seria destinada só aos estados do Nordeste, mas como o estado capixaba tem enfrentado um período de estiagem, também foi contemplado com a medida.
“Fui a Brasília na semana passada com o intuito de assinar um convênio com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para reforçar tecnicamente a federação”, disse.
O documento voltou assinado visando o incremento de cargos de assessor adjunto para facilitar o relacionamento institucional, um técnico de agropecuária para dar assistência aos sindicatos e reforço na comunicação.
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