Para os próximos dois anos, está nos planos da Nater Coop (antiga Coopeavi) expandir o seu projeto inédito de Condomínios Avícola e Leiteiro. Atualmente, as cotas de participação são direcionadas aos cooperados de outras atividades agropecuárias que buscam diversificar a renda, mas com a chegada do novo decreto estadual – que deve ser publicado em breve no Diário Oficial – a entrada de novos investidores nos projetos das cooperativas pode ser facilitada. Em conversa com a coluna, o diretor-geral da Nater Coop, Marcelino Bellardt, destacou que a cooperativa está focada em expandir nas atividades que já tem expertise, ou seja, na produção de ovos e leite. No entanto, não descartou a possibilidade de ampliar para outras atividades nos próximos anos.
O modelo de condomínio está em atividade há mais de cinco anos, com foco na produção de ovos e leite. O primeiro Condomínio Avícola foi inaugurado no segundo semestre de 2016, no município de Santa Teresa, já o Condomínio Leiteiro iniciou as atividades neste ano em Sooretama, no norte do Estado.
A produção de alimentos está no radar das empresas, inclusive da Nater Coop, ainda mais porque o consumo mundial de alimentos deve aumentar 62% até 2025, especialmente em países emergentes, o que significa mais produtividade por área cultivada.
Com isso, a intenção da cooperativa é expandir nos próximos anos as suas atividades na produção de alimentos, incluindo carnes de frango e bovina de corte. “A curto prazo não está nos nossos planos expandir para outras atividades, mas o nosso modelo de negócios nos permite ampliar para outras iniciativas, seja na parte de frango ou de gado de corte”.
“Vamos deixar em aberto para os próximos anos. Por enquanto, vamos focar na produção de atividades que a cooperativa já tem estrutura e expertise”, disse Bellardt.
A Nater Coop possui pouco mais de 100 cotistas associados que são responsáveis por 200 vacas leiteiras e 300 mil aves. Nos próximos dois anos este número pode dobrar com a chegada de novos investimentos.
O novo decreto do Governo do Estado vai possibilitar que qualquer pessoa interessada invista em empreendimentos ligados às cooperativas capixabas. Hoje, só os cooperados podem investir e ser cotistas dos condomínios.
Também está no radar a abertura de mais dois condomínios focados na produção de leite e ovos. A cooperativa, inclusive, está em franca expansão na cadeia leiteira buscando atender de forma mais efetiva a demanda do estado do Espírito Santo. Segundo Bellardt, a produção interna da cooperativa ainda é insuficiente para atender todos os capixabas.
São estimados mais um condomínio destinado à pecuária do leite, no Norte do Estado, bem como na parte da avicultura em Santa Teresa. Marcelino destaca que existe uma área que pode ser ampliada dentro do condomínio já existente na região das montanhas capixabas. Desta forma, não seria necessário investimentos em novos terrenos.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
