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Os cafeicultores da região do Caparaó têm motivos para comemorar: a região conquistou o Selo de Denominação de Origem do Caparaó. Foram apresentados, no último dia 17 de dezembro, os 30 primeiros cafés selecionados, com lotes chancelados pela Associação dos Produtores de Cafés Especiais do Caparaó (Apec). Os cafés especiais da região carregam o slogan “Beba um Caparaó”. Na ocasião, os produtores dos primeiros cafés selados receberam os certificados que dão o direito de usar o selo em suas sacas de café, trazendo a informação da origem do produto.
O selo comprova que o café cumpriu os requisitos do Caderno de Especificações Técnicas e as características e qualidade vinculadas ao local. A região do Caparaó está localizada na divisa entre o Espírito Santo e Minas Gerais.
Altilina Lacerda e o esposo Afonso Lacerda foram contemplados com o selo. Eles são proprietários do Sítio Forquilha do Rio e seguem as tradições das gerações passadas que iniciaram na cafeicultura há mais de 100 anos.
A cafeicultora Altilina Lacerda, do município de Dores do Rio Preto, comemora a iniciativa. “O selo é bom para o comprador que tem a certeza que o café que está adquirindo é um produto de origem do Caparaó, mas também é importante para os produtores da região porque comprova a origem dos nossos grãos”, destacou.
O selo 0001 faz parte do lote do cafeicultor Joaselito do Amaral, do município de Espera Feliz, em Minas Gerais. Já o restante dos selos pertence aos produtores de cidades capixabas e mineiras.
Como a Associação dos Produtores de Cafés Especiais do Caparaó (Apec) é a gestora da Denominação de Origem, ela também é a responsável por conceder o Selo aos cafés que atendem às especificações técnicas e respeitam os saberes e fazeres do Caparaó.
De acordo com o membro do Conselho Regulador da Apec, João Batista Pavessi, que representa o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), os cafés foram negociados em uma rodada de negócios virtual para relacionamento individual e entendimento comercial entre compradores de todo o Brasil e os 30 produtores com cafés chancelados pela Apec.
O selo é restrito para cafés produzidos na região do Caparaó e que atendem às regras do caderno de especificações técnicas. O selo é numerado e segue com um QR Code contendo informações sobre a origem do café, onde e por quem foi produzido.
João Pavessi destaca que os cafés selados podem procurar nichos de mercados diferenciados que exigem mais qualidade. “A agregação de valor pode acontecer, mas não é obrigatória. Os produtores que tiverem lotes de café podem procurar a Associação para colocar o selo”, finalizou.
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