Exportações de carne bovina surpreendem em 2022; receita ultrapassa US$ 13 bi
Com sede em Colatina, no Espírito Santo, e com unidades nos estados de Minas Gerais e Bahia, além de um centro de distribuição no Rio de Janeiro, o Frigorífico Frisa está entre as 100 maiores empresas do agronegócio brasileiro, segundo dados da quarta edição da Forbes Agro. Com receita de R$ 1,72 bilhão, a companhia ocupa a 73° posição no ranking e está entre os mais tradicionais frigoríficos do país. Confira quais são as empresas do agro que ocupam as dez primeiras posições do ranking.
As empresas do agronegócio seguem obtendo resultados cada vez melhores. De acordo com o ranking da Forbes Agro, todas as companhias listadas faturaram cerca de R$ 1,38 trilhão em 2021, alta de 34,6% em relação ao R$ 1,02 trilhão obtido em 2020.
As 10 maiores companhias incluídas nesta lista registraram receitas de R$ 929,6 bilhões, avanço de 34,7% ante os R$ 689,7 bilhões do ano anterior. Das 100 empresas participantes, 21 faturaram mais de R$ 10 bilhões, e 90 delas tiveram resultados de mais de dez dígitos.
As empresas de proteína animal faturaram, em conjunto, R$ 520 bilhões, crescimento de 28,9%. O segundo maior setor, alimentos e bebidas, somou R$ 270,4 bilhões em receita, avanço de 36,4%. A maior alta veio do setor de agroquímica e insumos, com aumento de 49%.
A Frisa, única empresa 100% capixaba presente na lista, emprega cerca de três mil pessoas em todas as unidades, inclusive na de Colatina/ES, Nanuque/MG, Teixeira de Freitas/BA, além do centro de distribuição em Niterói/RJ.
A capacidade de abate do Frisa é de 1.600 bovinos por dia, com um mix de cerca de 100 cortes embalados para o consumo e para venda a food services. A empresa colatinense foi pioneira em exportar carne, ainda na década de 1970, e hoje exporta para mais de 60 países.
Com recorte estadual, a Frisa também ficou em 14° lugar entre as 200 maiores empresas do Espírito Santo do Anuário IEL 200 Maiores e Melhores Empresas, divulgado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). Além disso, pelo terceiro ano consecutivo foi escolhida como a maior empresa do ramo de alimentos e bebidas.
1) JBS – Setor de alimentos e bebidas
Receita: R$ 350,69 bilhões
Principal executivo: Gilberto Tomazoni
É uma multinacional de origem brasileira, reconhecida entre as líderes globais da indústria de alimentos. Com sede em São Paulo, a companhia está presente em mais de 20 países. Além de investir em carnes bovina, suína e de aves, possui negócios diversificados em couros, biodiesel, higiene pessoal e limpeza, soluções em gestão de resíduos sólidos e embalagens metálicas.
2) Cosan – Setor de agroenergia
Receita: R$ 113,09 bilhões
Principal executivo: Luis Henrique Cals de Beauclair Guimarães
Fundada em São Paulo, é uma das maiores empresas de agroenergia do país. O Grupo atua em diversos segmentos de cadeia de valor de recursos naturais, com empresas especializadas em distribuição de combustíveis, gás natural e lubrificantes, além de produção de açúcar, etanol e energia elétrica. São mais de 55 mil colaboradores.
3) Cargill Agrícola – Setor de alimentos e bebidas
Receita: R$ 101,09 bilhões
Principal executivo: Paulo Sousa
Fundada nos Estados Unidos há 156 anos, a Cargill atua em diversas atividades que envolvem agricultura, indústria, alimentos e serviços financeiros. Atualmente, são mais de 155 mil funcionários em 70 países. No Brasil, atua desde 1965 e emprega cerca de 11 mil funcionários. Segundo a Forbes, é a maior empresa de capital não brasileiro da lista. Em 2021, sua receita líquida no país superou R$ 100 bilhões pela primeira vez.
4) Marfrig Global Foods – Setor de alimentos e bebidas
Receita: R$ 85,38 bilhões
Principal executivo: Rui Mendonça Júnior
É líder global na produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de proteína bovina do mundo. Fundada em São Paulo, em 2000, é uma das companhias brasileiras de alimentos mais internacionalizadas e diversificadas, os seus produtos estão presentes em mais de 100 países. São 30 mil colaboradores em 21 unidades produtivas bovinas, 10 centros de distribuição e comerciais e espalhadas por quatro continentes.
5) Ambev – Setor de alimentos e bebidas
Receita: R$ 72,85 bilhões
Principal executivo: Jean Jereissati Neto
Maior cervejaria do mundo, nascida da união da Antarctica com a Brahma, a AmBev também atua no agronegócio. A Ambev produz cevada diretamente no Paraná e no Rio Grande do Sul, e atua também em parceria com cooperativas nessas regiões, que produzem cevada para abastecer suas maltarias. É uma empresa de capital aberto, sediada em São Paulo, mas com atrações em todo o Brasil e no continente. No total, opera em 16 países das américas.
6) BRF – Setor de alimentos e bebidas
Receita: R$ 48,34 bilhões
Principal executivo: Miguel de Souza Gularte
A BRF surgiu em 2009 pela fusão de duas concorrentes: Perdigão e Sadia. Como resultado da fusão, a BRF é uma das maiores empresas de alimentos do mundo e é a maior exportadora de carne de frango do Brasil. Presente em 127 países e mais de 100 mil colaboradores, a empresa possui mais de 30 marcas em seu portfólio.
7) Suzano Holding – Setor de madeira, celulose e papel
Receita: R$ 40,97 bilhões
Principal executivo: Walter Schalka
A alta das commodities no mercado internacional e a apreciação do dólar frente ao real vêm fazendo a Suzano, maior empresa de celulose do Brasil, divulgar sucessivos recordes em seus resultados. Seus custos de produção estão entre os menores do mundo e a companhia vem mantendo uma forte geração de caixa mesmo em períodos de baixa das cotações internacionais. Em 2021, registrou o maior Ebitda da história, de R$ 23,471 bilhões.
8) Copersucar – Setor de agroenergia
Receita: R$ 40 bilhões
Presidente executivo: Tomás Caetano Manzano
A Copersucar é a maior cooperativa brasileira. No setor de açúcar ela exportou cerca de 12 milhões de toneladas para 40 países. No mercado doméstico, sua participação cresceu de 19% para 25% do mercado, com 2,1 milhões de toneladas comercializadas. No mercado global de etanol, a plataforma Copersucar comercializou mais de 10 bilhões de litros, dos quais 4 bilhões foram vendidos no Brasil e 6 bilhões nos Estados Unidos, por meio da Eco-Energy.
9) Louis Dreyfus – Setor de tradings e comércio
Receita: R$ 38,88 bilhões
Principal executivo: Murilo Parada
Criada em 1851 na região francesa da Alsácia e dedicada a exportar trigo da França para a Suíça, a Louis Dreyfus atualmente é uma das principais companhias dedicadas à comercialização e ao processamento de grãos. No Brasil desde 1942, a Louis Dreyfus atua em café, algodão, grãos, suco, oleaginosas, arroz e açúcar, sendo uma das dez maiores exportadoras do Brasil. A companhia opera cerca de 60 unidades industriais e logísticas no país e emprega 11 mil pessoas.
10) Amaggi – Setor de alimentos e bebidas
Receita: R$ 38,21 bilhões
Principal executivo: Judiney Carvalho de Souza
É o maior produtor de soja de capital 100% nacional e atua em outras três áreas: trading, logística e energia. Na trading, o grupo exporta soja e milho e importa e distribui insumos agrícolas. Produz anualmente cerca de 1,2 milhão de toneladas de grãos e fibras, entre soja, milho e algodão. Com sede em Cuiabá (MT), é hoje a maior companhia brasileira na cadeia de grãos e fibras do país e está presente também na China, Argentina, Paraguai, Holanda, Noruega, Singapura e Suíça.
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