Fev 2023
15
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Pirarucu produzido no ES está na rota das exportações

Ao todo, na propriedade são cerca de 500 peixes adultos reprodutores. Com a ampliação dos tanques de reprodução, Júnior Costa pretende ter mais produtividade e gerar mais renda na propriedade.

“Com isso, ajudamos a proteger a espécie da predação na natureza. Quanto mais tanques fazemos, mais filhotes teremos. As próximas etapas são fazer as escavações e colocar os casais de pirarucus para reproduzirem”, explicou.

Além do Espírito Santo, são atendidos os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Maranhão, Tocantins, Bahia e Mato Grosso. No entanto, empresas de alguns países já demonstraram interesse na compra dos peixes. Inclusive, pessoas dos Estados Unidos já entraram em contato, mas o processo de exportação ainda está na etapa de avaliação de viabilidade.

Tudo começou há 17 anos quando Júnior começou a pesquisar pirarucus na cidade de São Mateus. “No início eu o vi em um aquário e a primeira impressão que ficou foi a beleza dele. Depois eu fui pesquisar na internet e notei que se tratava de um peixe com grande potencial de mercado”.

Todo processo de reprodução dos peixes foi identificado pelo piscicultor ao longo dos anos. Ele aprendeu a fazer os tanques escavados, a separar as matrizes e colocar os casais nos tanques para reprodução.

Depois de anos de pesquisas, foi realizado um trabalho de melhoramento genético com os peixes que nasceram e reproduziram na região. Assim, as matrizes têm genéticas da região sudeste brasileira, ou seja, são mais aclimatadas ao frio.

“Os peixes são nativos da Amazônia e na região a temperatura não costuma ser menor que 24 graus. Em Montanha, no inverno a temperatura pode cair e chegar a 14 graus”, destacou.

Pirarucu pode chegar a ter 200 quilos

Natural da Amazônia, o pirarucu é um dos maiores peixes de água doce do planeta, podendo ultrapassar três metros de comprimento e pesar em torno de 200 quilos.

Por vezes conhecidos como o “bacalhau da Amazônia”, tem enorme potencial para a piscicultura devido ao crescimento acelerado. Hoje, na propriedade do piscicultor Júnior Costa é possível encontrar matrizes com 150 quilos.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os peixes podem alcançar de 7 a 10 quilos em um ano e uma das características de destaque é a seguinte: “O crescimento pode chegar de 7 a 10 quilos em um ano. Além disso, a respiração aérea obrigatória é uma característica que confere menor risco nas fases finais de produção quando as concentrações de oxigênio”, explicou a Embrapa.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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