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O setor exportador de mamão do Brasil está enfrentando preocupações devido às mudanças nas regras de importação da União Europeia. As medidas mais rigorosas na inspeção das frutas têm gerado apreensão no setor, uma vez que o mamão possui um período de prateleira curto. Além disso, a diminuição das chuvas a partir de setembro nas regiões produtoras do fruto no Espírito Santo cria condições favoráveis para o ataque de ácaros, o que torna o controle de pragas um desafio para a agricultura de exportação. A necessidade de limitar a aplicação de defensivos agrícolas devido aos resíduos presentes nas frutas tem se tornado um obstáculo adicional. Por isso, o uso de defensivos biológicos tem crescido entre os produtores.
O diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), José Roberto Macedo Fontes, explica que a utilização de defensivos biológicos tem se tornado uma tendência impulsionada tanto pela demanda de mercado quanto pela sustentabilidade.
As regiões produtoras de mamão do Espírito Santo devem ter uma diminuição de chuvas a partir de setembro, resultando em uma queda na umidade do ar e no aumento da seca nas plantações, como aponta o diretor da Brapex.
“Isso cria condições favoráveis para o ataque de ácaros, que se torna um problema sério, pois reduz a área foliar das plantas e aumenta a necessidade de aplicação de defensivos agrícolas. No entanto, a agricultura de exportação enfrenta o desafio de limitar a aplicação de defensivos devido aos resíduos que podem estar presentes nas frutas”, explicou.
Um dos pontos defendidos por ele é que as regras mais rígidas da União Europeia, como a intensificação das amostras para análise e a verificação de pragas quarentenárias, têm impactado a logística de exportação do mamão. O curto período de prateleira do fruto torna-se um desafio quando as cargas são retidas por um ou dois dias, pois isso pode resultar em perda dos frutos devido ao amadurecimento.
Segundo eles, a pontualidade na entrega dos produtos aos consumidores e distribuidores é crucial, e atrasos nas liberações têm causado transtornos, como falta de abastecimento no mercado e acúmulo de produtos em entregas subsequentes.
Macedo ressalta que, além do controle intensificado das pragas, a restrição de princípios ativos na União Europeia tem sido um problema por existirem poucas opções de defensivos autorizados para uso no cultivo do mamão. Por isso, os produtores têm buscado práticas mais sustentáveis, como o uso de defensivos biológicos, que não deixam resíduos nas frutas.
Além disso, são adotadas técnicas culturais e outras estratégias, como a remoção de partes das plantas afetadas por fungos, evitando o apodrecimento dos frutos na lavoura e a disseminação de doenças.
“O manejo adequado da irrigação também desempenha um papel importante na redução de ataques de pragas. Por exemplo, o tipo de irrigação utilizado pode contribuir para o surgimento de pragas. O uso de biofertilizantes e bioativadores também tem sido explorado para melhorar a resistência das plantas, oferecendo uma alternativa mais sustentável e eficaz”.
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