Espírito Santo registra novo recorde histórico de exportação de café conilon
No início deste ano, as principais regiões produtoras de mamão, inclusive no Espírito Santo, foram impactadas por chuvas volumosas, resultando em alagamentos no sul da Bahia e norte do Espírito Santo. Esses eventos afetaram as plantações e reduziram a colheita. Agora, uma onda de calor tem atingido o país desde a segunda quinzena de novembro, com temperaturas chegando a bater 40°C. As altas temperaturas prejudicaram a produção de mamão papaya (hawai e formosa), afetando o metabolismo das plantas, o tamanho dos frutos e o surgimento de manchas fisiológicas. Segundo estimativa da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), os impactos já foram sentidos em 40% das plantações do país.
As altas temperaturas adiantaram a maturação dos frutos em algumas lavouras. Além disso, como a fruta ficou mais exposta ao sol, houve o surgimento de manchas fisiológicas do mamão. A Brapex estima que aproximadamente 40% das plantações já foram impactadas por essas condições climáticas extremas, e esse número pode chegar a 70% até o final de dezembro.
A Brapex emitiu um comunicado devido às condições climáticas adversas, alertando que as altas temperaturas aceleraram o metabolismo do mamão, resultando em frutos de menor calibre e tamanho.
“O fruto dessa forma é considerado de segunda categoria. Devido aos efeitos climáticos, notificamos o mercado que agora vai precisar se ajustar ao novo padrão porque com certeza nós próximos meses não teremos frutos graúdos”, explicou José Roberto Macedo Fontes, presidente da Brapex.
Ele ressalta que a situação deve persistir nos próximos dois meses de colheita. No entanto, ele assegura que a qualidade dos frutos permanecerá inalterada e, pelo contrário, espera-se que apresentem maiores pontuações de aroma e sabor.
No entanto, o surgimento de manchas fisiológicas nos frutos também preocupa. “Essa mudança no padrão comercial afeta tanto o mercado interno quanto o externo, já que a tendência é que os frutos sejam menores nos próximos meses”, disse Macedo.
O Espírito Santo é o maior exportador de mamão do Brasil, sendo também o segundo maior produtor do país. Somente em 2022, o estado produziu 426 mil toneladas da fruta, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O presidente da Brapex ressalta que a exportação, em particular, enfrentará desafios, uma vez que muitos países consideram o mamão como uma fruta exótica e seguem padrões rígidos para os frutos recebidos.
“Isso pode resultar em uma redução significativa no volume de exportação, enquanto o mercado interno se adapta às mudanças nas condições climáticas”, disse Macedo.
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