Maiores empresas de alimentos do Espírito Santo faturaram R$ 5,4 bilhões
O Espírito Santo agora conta com um novo plano para o desenvolvimento do agronegócio. Trata-se da quarta edição do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag), com planos para um horizonte que vai até 2032. O setor produtivo e o governo do estado firmaram metas ousadas para servir de referência para o desenvolvimento das principais cadeias produtivas da agricultura, pesca e pecuária do Espírito Santo. Entre as intenções é que o valor bruto da produção agropecuária alcance R$ 35 bilhões e que as exportações do agronegócio capixaba aumentem 76% e alcancem 3 bilhões de dólares, o equivalente a R$ 14,7 bilhões. Além disso, é ter 50 mil propriedades com selos de sustentabilidade.
Sobre o valor bruto da produção agropecuária do Espírito Santo a meta é alcançar R$ 35 bilhões, um crescimento de 45% em relação a 2022 (R$ 24,2 bilhões). Outra meta é chegar a 3 bilhões de dólares em exportações do agronegócio capixaba no ano de 2032, um crescimento de 76% em relação ao ano de 2022 (US$ 1,7 bilhão).
“No ano passado, alcançamos a marca de 1,7 bilhão de dólares em exportações de diversos produtos. Em 2023, nossa projeção é atingir 2 bilhões de dólares, mas temos como meta chegar a três bilhões de dólares, aproximadamente, 15 bilhões de reais, em produtos exportados até 2032”, explicou o secretário de Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli.
Para o complexo cafeeiro, a meta é que a exportação do café solúvel alcance 1,5 milhão de sacas, um crescimento de 3,5 vezes em relação a 2022 (454,1 mil sc); o café arábica (grão cru) alcance 1,8 milhão de sacas, um crescimento de 3 vezes em relação a 2022 (613,6 mil sc); e o café conilon (grão cru) 4 milhões de sacas, um crescimento 3,3 vezes em relação a 2022 (1,2 milhão sc).
Para a cultura da pimenta-do-reino, a meta é alcançar 70 mil toneladas, um crescimento de 36% em relação a 2022 (51,4 mil ton). Já a meta para o gengibre é alcançar 30 mil toneladas, um crescimento de 54% em relação a 2022 (19,5 mil ton). Para o mamão, a meta é alcançar 30 mil toneladas, um crescimento de 60% em relação a 2022 (18,8 mil ton).
O crédito rural tem como meta bater o valor de R$ 12 bilhões em operações, um crescimento de 126% em relação a 2022 (R$ 5,3 bilhões).
Com o lançamento do plano estratégico é esperada a adequação socioambiental de 50 mil propriedades rurais capixabas nos próximos anos. Para isso, os produtores terão de incluir em seu currículo quesitos de sustentabilidade que abarcam questões econômicas, como eficiência da produtividade, gestão de custo de produção e receitas e rastreabilidade da produção.
Os produtores vão precisar incluir iniciativas ambientais, como devolução de embalagens vazias de defensivos agrícolas, uso de equipamentos de proteção individual e gestão de resíduos sólidos e líquidos gerados na propriedade, além de ações sociais para reduzir as condições de risco do trabalho e dar acesso à educação e aos serviços de saúde.
De acordo com o secretário de Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli, entre as metas estabelecidas para os próximos dez anos destaca-se, sobretudo, o crescimento de 45% na renda real dos produtores, conforme indicado pelo valor bruto da produção agropecuária. A meta é elevar o faturamento das propriedades de R$ 25 bilhões em 2022 para R$ 35 bilhões.
Sobre a meta de alcançar 50 mil propriedades rurais com o selo de sustentabilidade, o secretário explica: “Estabelecemos a ousada meta de contar, até 2032, com 50 mil propriedades rurais no Espírito Santo adotando um currículo mínimo de sustentabilidade. Não é suficiente apenas produzir com qualidade; os novos padrões de consumo exigem aspectos sustentáveis nos processos de produção, com respeito ao homem, ao meio ambiente e às obrigações sociais e trabalhistas”, complementou Bergoli.
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