Puxado pela região Sudeste, consumo de café cresce 1,6% no Brasil
Com foco em avançar as vendas no mercado internacional, especialmente nos Estados Unidos e na Europa, a Fazenda Giori – conhecida por sua produção de café robusta biodinâmico no Espírito Santo – está focada em expandir sua presença em feiras internacionais. O primeiro destino é na Biofach 2024, a principal feira comercial mundial de alimentos orgânicos, que ocorrerá de 13 a 16 de fevereiro em Nuremberg, Alemanha. A empresa foi selecionada pelo Ministério da Agricultura e pela ApexBrasil pelo segundo ano consecutivo para representar o Brasil. A expectativa da fazenda capixaba é explorar o potencial do café orgânico biodinâmico produzido no Espírito Santo e apresentá-lo ao mundo.
No estande brasileiro da Biofach 2024, também estão confirmadas as presenças das seguintes empresas: Britvic Brasil – BE Ingredient, Cooperativa Ecocitrus, DS Farms, Fazenda Giori, MN Própolis, Nutribotanica, Petruz Fruity, Qualitá Brasil, Resibras/Marambaia, Sylvestre Natural Ingredients e Xingu Fruit.
Segundo Fabrício Campos, diretor da Fazenda Giori, participar de eventos dessa magnitude no setor de orgânicos, biodinâmicos e regenerativos é uma oportunidade para colocar a produção cafeeira capixaba no radar de investidores internacionais
“Estamos indo pela segunda vez consecutiva representar o Brasil na feira. É sempre uma oportunidade de apresentar o café robusta orgânico e biodinâmico na Europa e no mundo todo. A feira é de dimensões continentais, com uma área gigantesca, focada no comércio de produtos orgânicos e sustentáveis, sendo o principal evento mundial do setor”, explicou Campos.
A participação em outras feiras internacionais está nos planos, incluindo a Expo West, na Califórnia, de 12 a 16 de março de 2024, e a Bio Brazil Fair, em São Paulo, de 12 a 15 de junho de 2024. Com essa presença em feiras, a Fazenda Giori planeja expandir as vendas dos cafés biodinâmicos produzidos no Espírito Santo para países da Europa e os Estados Unidos.
Embora as vendas dos cafés estejam atualmente concentradas no mercado interno, os proprietários identificaram a necessidade de uma mudança estratégica para consolidar sua presença no mercado internacional. Algumas vendas pontuais foram realizadas para o exterior em 2019 e 2020.
A meta é ampliar as vendas para mais estados brasileiros e países, incluindo a possibilidade de entrada em Portugal e na Itália, a terra natal dos antepassados da família, que chegaram ao Brasil em 1895 e estabeleceram a ligação inicial da família com a cafeicultura. Desde então, sucessivas gerações se dedicaram ao plantio, cultivo e beneficiamento do café.
Este ano, a Fazenda Giori também planeja instalar Sistemas Agroflorestais (SAFs) em uma parte da propriedade. Os benefícios incluem o aumento da sustentabilidade da fazenda e a contribuição para a preservação de espécies ameaçadas de extinção e da Mata Atlântica.
“Além disso, o sistema auxilia na preservação, na captura sistemática de carbono, na fixação de água no solo e na obtenção de nutrientes que retornam para a fazenda em forma de adubo. Essas medidas contribuirão para o processo cíclico já existente na fazenda”, explicou Fabrício Campos.
Para os próximos anos, os projetos incluem a abertura da propriedade, localizada em Cachoeiro de Itapemirim, sul do estado, para receber visitantes de outros países de forma independente. Até agora, a fazenda recebe visitas de estrangeiros por meio de representantes. Além disso, uma das metas é expandir a área de plantio de café em pelo menos 50% nos próximos anos, aumentando os atuais 30 hectares dedicados ao cultivo.
Na Fazenda Giori, a produção do café segue os princípios da agricultura biodinâmica, cultivada segundo o método idealizado por Rudolf Steiner em 1924. A família, além de manter sua própria horta orgânica, também adota práticas agrícolas sustentáveis, incluindo a criação de galinhas, gado e ovelhas das raças Santa Inês e Dorper.
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