Pesquisa capixaba busca melhorar enraizamento de clones de café conilon
Foi lançado ontem (30) o Plano de Crédito Rural para a safra 2024/2025 no Espírito Santo. O plano prevê a aplicação de R$ 8,5 bilhões distribuídos em mais de 47 mil contratos, abrangendo operações de investimento, custeio, comercialização e industrialização. Este montante representa o maior pacote de recursos já disponibilizado para financiamento agrícola no estado. Além das linhas de crédito tradicionais do Plano Safra, o programa inclui modalidades como operações de barter, Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro) e Cédula de Produtor Rural (CPR), ampliando as opções para os produtores rurais capixabas.
*O montante de R$ 8,5 bilhões refere-se ao Plano Safra, não ao crédito rural mencionado anteriormente.
As linhas de crédito rural para o Espírito Santo são ofertadas pelas instituições de crédito parceiras, que incluem Banestes, Caixa, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Sicoob, Sicredi e Cresol. Conforme a coluna Agro Business já noticiou, só o Sicoob Espírito Santo está disponibilizando R$ 3,8 bilhões por meio do Plano Safra para produtores que querem investir no agronegócio.
A iniciativa é resultado de uma colaboração estratégica entre a Seag e diversas instituições públicas e privadas. Enio Bergoli, secretário de Agricultura do Espírito Santo, destacou a importância dessa parceria para impulsionar a produtividade e expansão das cadeias produtivas agropecuárias do estado.
“É importante, neste momento, parabenizar os produtores rurais capixabas, que confiam nos seus negócios e apostam na melhoria dos processos produtivos no campo. Dessa forma, o crédito rural é um dos principais instrumentos de política agrícola. Também é fundamental o reconhecimento da parceria com as instituições financeiras que atuam em sintonia com as reais necessidades do rural capixaba”, declarou.
O Plano contempla diversas modalidades de crédito, incluindo custeio, investimento e comercialização, destinados a cobrir desde os gastos do plantio até a industrialização dos produtos agrícolas, passando pela comercialização dos mesmos. As áreas prioritárias definidas incluem pecuária de leite, pesca, fruticultura, cafeicultura, irrigação, cultivo protegido, sistemas de produção sustentáveis e especiarias.
Destacando o crescimento expressivo das aplicações de crédito rural nos últimos anos no Espírito Santo, o estado mais que triplicou os investimentos, evidenciando um aumento de 245% desde a safra 2018/19 até a safra 2023/24.
Para a safra 2024/25, está prevista uma meta de aplicação de R$ 2,7 bilhões para a agricultura familiar, com estimativa de 34,9 mil contratos, e R$ 5,8 bilhões para a agricultura não familiar, abrangendo cerca de 13 mil contratos. A soma do Plano Safra é de R$ 8,5 bilhões em recursos em 47,9 mil contratos.
Recursos totais aplicados por safra:
2018/19: R$ 2 bilhões
2019/20: R$ 2,1 bilhões
2020/21: R$ 2,6 bilhões
2021/22: R$ 3,8 bilhões
2022/23: R$ 5,3 bilhões
2023/24: R$ 6,9 bilhões
No último ano-safra, o Brasil registrou um crescimento nas aplicações de crédito rural, com um aumento de 11% em comparação ao ano anterior, com os valores saltando de R$ 359,2 bilhões para R$ 400,8 bilhões. No mesmo período, o Espírito Santo destacou-se ainda mais, com um crescimento de 30%, elevando os recursos de R$ 5,3 bilhões para R$ 6,9 bilhões.
Em termos proporcionais, o Espírito Santo contribuiu com 1,7% do total das aplicações nacionais de crédito rural no último ano-safra. Os recursos destinaram-se majoritariamente ao custeio (41,7%), seguido por investimento (32,1%), comercialização (25,1%) e industrialização (1,1%). Cerca de R$ 2 bilhões foram destinados à agricultura familiar (29% do total de recursos).
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