Estudo inédito mostra que aumento no crédito rural está associado a crescimento na produção agrícola
As exportações brasileiras de mamão registraram um aumento de 13,46% nos primeiros sete meses de 2024, mantendo o Espírito Santo como o principal estado exportador do país. Durante esse período, o Brasil exportou 24,63 mil toneladas da fruta. O faturamento total aumentou 4% em comparação ao mesmo período do ano anterior, alcançando US$ 32,82 milhões. O volume exportado subiu 22,37% em relação a julho de 2023 e 4,5% comparado a junho de 2024. No Espírito Santo, as exportações cresceram 43,1% no acumulado do ano, chegando a 10,6 mil toneladas, com uma movimentação financeira de US$ 15,7 milhões, o equivalente a R$ 89,2 milhões na cotação atual.
No Brasil, as vendas de mamão aumentaram devido à maior oferta nacional. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta boas perspectivas para o restante do ano, especialmente para o mamão papaya cultivado no Espírito Santo (principal estado produtor e exportador de mamão do Brasil), Rio Grande do Norte e Ceará.
A previsão é de uma colheita de frutas de alta qualidade, resultado das novas plantações e dos investimentos realizados no ano passado, além da demanda externa aquecida, principalmente na Europa.
Os principais estados exportadores foram Espírito Santo (43%), Rio Grande do Norte (35%) e Paraíba (8%), e os principais destinos foram Portugal (30%), Espanha (16%) e Reino Unido (17%).
Nos primeiros sete meses de 2024, o Espírito Santo exportou 10,6 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 15,7 milhões. No mesmo período do ano anterior, foram exportadas 7,4 mil toneladas, com faturamento de US$ 11,3 milhões. Em julho deste ano, as exportações alcançaram 1,8 mil toneladas, gerando US$ 2,6 milhões, um aumento de 59% no valor 78% em quantidade em relação a julho de 2023.
Queda nos preços no mercado interno e controle de oferta
No mercado interno, os preços do mamão caíram na maioria das Ceasas, com quedas significativas em Belo Horizonte (29,2%), Rio de Janeiro (26,4%), Vitória (20,5%) e Goiânia (25,6%). Em Fortaleza, houve um aumento de 13,1%. Em média, as cotações nas Ceasas analisadas caíram 19,57%.
Quanto às quantidades comercializadas, houve aumento na maioria dos entrepostos atacadistas pelo terceiro mês seguido, com destaque para São Paulo, Vitória, Recife e São José.
Segundo a Conab, julho foi o terceiro mês seguido de queda nos preços dos entrepostos atacadistas, devido ao aumento da oferta nas primeiras três semanas do mês para ambas as variedades de mamão, consequência da colheita em novas plantações e condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das frutas.
“Essas foram originárias, na sua maior parte, das principais regiões produtoras (norte capixaba e sul baiano) e com a especificidade de aumento um pouco maior da variedade formosa (que acabou por pressionar, no sentido de queda, as cotações da variedade papaya). Além disso, a demanda reduzida – seja por conta do tempo frio ou das férias escolares nos principais centros consumidores – foi outro fator a pressionar os preços no sentido de queda”, destacou em nota.
Estratégias dos produtores para evitar quedas acentuadas nos preços
Durante o período de alta oferta de mamão, os produtores conseguiram evitar quedas mais acentuadas nos preços controlando a oferta de frutas. Para isso, adotaram algumas medidas, como evitar a colheita de frutas de menor qualidade (pequenas, com manchas ou muito maduras), que não são bem aceitas no mercado.
Dessa forma, mesmo com o clima mais frio e as férias escolares, os produtores conseguiram mitigar potenciais prejuízos que poderiam ter ocorrido com o excesso de frutas nas centrais de abastecimento e outros mercados.
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