Economia

TJES ainda não tem prazo para julgar recurso para suspender pedágio na Terceira Ponte

Recurso foi protocolado normalmente, o que significa que se encontra aguardando na fila do setor de distribuição. Não se sabe quem será o relator e nem quando será julgado.

TJES ainda não tem prazo para julgar recurso para suspender pedágio na Terceira Ponte
Pedágio da Terceira Ponte teve cobrança retomada no final de 2014. Recurso ainda será julgado Foto: ​Divulgação

Os prazos processuais passaram a correr normalmente no Tribunal de Justiça do Espírito Santo a partir desta segunda-feira (19), mas o nome do desembargador que irá julgar o recurso da Procuradoria Geral do Estado sobre o pedágio da Terceira Ponte ainda é uma incógnita.

A assessoria de imprensa do TJES informou que a PGE entrou com o recurso durante o período do recesso do Judiciário, mas o desembargador de plantão entendeu que o assunto deveria ser julgado no período normal do funcionamento do Poder Judiciário.

Assim sendo, o recurso foi protocolado normalmente, o que significa que se encontra aguardando na fila do setor de distribuição. Não se sabe quem será o relator e nem quando será julgado.

No dia 18 de dezembro, uma decisão da Terceira Câmara Civil do Tribunal de Justiça autorizou o retorno da cobrança do pedágio na Terceira Ponte, o que aconteceu 10 dias após a decisão da desembargadora Eliana Junqueira. Foi retomada a cobrança de pedágio no valor de R$ 0,80 para veículos de passeio. 

A desembargadora entendeu que a Rodosol presta o serviço público de realizar a manutenção da ponte e que tem o direito de ser remunerada por isto. Em sua decisão, a magistrada afirma que, no caso de se apurar irregularidades no contrato, o mesmo deverá se extinto.

Em abril do ano passado, após os primeiros resultados da auditoria no contrato, realizada pelo Tribunal de Contas do Espírito Santo (TC-ES), foi sugerido que o contrato fosse suspenso. O entendimento do Tribunal é que a ponte já havia sido quitada. No documento, os conselheiros afirmam que a empresa teria se beneficiado em cerca de R$ 800 milhões ao longo de 15 anos. Ainda em abril, o então governador Renato Casagrande (PSB) anunciou a suspensão da cobrança.

A cobrança do pedágio foi alvo de protestos em junho de 2013. A Assembleia Legislativa também colocou como pauta de votações o fim da cobrança. De autoria do deputado Euclério Sampaio (PDT), o projeto encontra-se na Casa de Leis, mas não foi votado antes do início do recesso.

O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES), que deverá ser notificado sobre a ação, foi procurado no início da noite, mas a assessoria informou que já não havia mais servidor no órgão para se pronunciar sobre o assunto.