A crise financeira que atingiu o Brasil em cheio vem sendo sentida no bolso e no comércio capixaba. O aumento do dólar, dos impostos e de produtos e serviços de primeira necessidade fizeram com que o poder de compra do consumidor caísse, levando com ele os números nas vendas.
No entanto, um produto segue na contramão da maioria e, mesmo não sendo indispensável à subsistência, apresenta um crescimento mais de um terço maior do que no ano passado: o smathphone. A receita do varejo obtida com os aparelhos cresceu 34% em relação ao primeiro trimestre de 2014, enquanto a média do setor de eletrodomésticos em geral faturou 8% menos, aponta o levantamento da empresa de pesquisa GFK, empresa especialista em pesquisas de mercado. No período, cerca de R$ 2 bilhões deixaram de entrar no caixa das lojas de eletrodomésticos.
A alta da venda de smartphones é atrelada a vários fatores, um deles é que a telefonia no Brasil está migrando para a nova tecnologia 4G e muitas operadoras estão com ofertas atraentes para o produto. Também a base instalada de celulares no país é de aparelhos tradicionais que gradualmente estão sendo substituídos. De acordo com o estudo, de cada dez celulares vendidos, nove são smartphones.
Segundo Israel do Nascimento, que é subgerente de uma loja de celulares, a tendência é que esse crescimento nas vendas permaneça nos próximos meses. “As pessoas querem sempre acompanhar a tecnologia”, avalia. Não é à toa que, de acordo com o subgerente, a loja vende diariamente oito smartphones, com preços que variam entre R$ 370 e R$ 4,3 mil.