Economia

Alta nos alimentos já é maior que inflação no ES; veja os itens que mais subiram

No mês de abril, os aumentos nos gastos das famílias capixabas com alimentação e transporte responderam juntos por mais de 40% da inflação oficial no país

Foto: pexels

A inflação de serviços — usada como termômetro de pressões de demanda sobre a inflação — sofreu uma elevação de 0,83% em abril no Espírito Santo, com alta de 3,81% no acumulado para o ano. A maior alta foi registrada pela batata inglesa.

Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No mês de abril, os aumentos nos gastos das famílias capixabas com Alimentação e Transportes responderam juntos por mais de 40% da inflação oficial no País. No entanto, as altas de preços foram disseminadas, alcançando oito dos nove grupos que integram o IPCA em todo o país.

No Espírito Santo, as famílias gastaram mais com Transporte (2,20%), Alimentação e Bebidas (1,64%), Saúde e Cuidados pessoais (1,50%), Vestuário (1,31%), Artigos de Residência (1,20%), Despesas Pessoais (0,71%). Educação (0,05%) e Comunicação (0,18%). Com Habitação, houve redução de -2,34%.

Maiores aumentos

Batata-inglesa  14,50%
Tomate  10,63%
Banana-da-terra  9,29%
Frango inteiro  7,31%
Farinha de mandioca  7,28%
Leite longa vida  7,04%
Pão doce  6,26%
Cebola  5,92%
Sorvete  5,66%
Farinha de trigo  5,57%

Maiores quedas

Chocolate em barra e bombom -2,55%
Pera -2,82%
Cheiro-verde -3,56%
Alface -3,76%
Chã de dentro -3,87%
Inhame -4,06%
Uva -5,79%
Manga -6,57%
Limão -8,27%
Banana – prata -9,79%
Mamão -18,18%
Cenoura -19,16%

Brasil

Em todo o país, os preços de itens monitorados pelo governo saíram de uma elevação de 2,65% em março para um aumento de 0,55% em abril.

No acumulado em 12 meses, a inflação de serviços passou de 6,29% em março para 6,94% em abril. Já a inflação de monitorados em 12 meses saiu de 14,84% em março para 15,04% em abril.

Segundo André Almeida, analista do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, é possível dizer que, por ora, o IPCA mostra ainda uma pressão maior de custos do que de demanda.

“O que a gente pode observar é que a inflação de serviços em 12 meses ainda está bem abaixo do IPCA em 12 meses (12,13%)”, disse o analista do IBGE. “A alta de custos, principalmente por conta de monitorados, combustíveis, gás de botijão, tem influenciado mais na inflação, mais do que a alta dos serviços, por exemplo”, afirmou Almeida.

Fonte: IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo