Economia

Agência Nacional de Petróleo vai lançar cronograma dos leilões a partir de 2015

Os leilões da 12ª rodada, realizada em novembro, são alvo de uma contestação judicial do Ministério Público Federal. Procuradoria do Paraná alega que não há estudos de viabilidade técnica

Rio – Uma das principais críticas do mercado de óleo e gás no País, a regularidade dos leilões de concessões de áreas de exploração, ganhou eco dentro da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). Nesta terça-feira, 03, o diretor da agência reguladora, Helder Queiroz, afirmou que a partir da próxima rodada, esperada para 2015, será lançado um cronograma com as datas previstas dos leilões.

A medida, segundo Queiroz, visa dar “previsibilidade aos investidores”. As últimas rodadas realizadas no País aconteceram em 2013, após um hiato de cinco anos sem leilões. A interrupção nas concessões de áreas de exploração, na avaliação das empresas do setor, chegou a ameaçar a produção no País. Uma das razões para a interrupção foi a regulamentação, no Congresso, de uma nova distribuição dos royalties entre os Estados.

No ano passado foram realizadas três rodadas, sendo uma exclusiva para a área de Libra, no Pré-Sal. Os leilões da 12ª rodada, realizada em novembro, são alvo de uma contestação judicial do Ministério Público Federal. A procuradoria do Paraná, responsável pela ação, alega que não há estudos de viabilidade técnica e impacto ambiental para este tipo de exploração no País.

De acordo com Helder Queiroz, a assinatura dos contratos com os consórcios vencedores das sete áreas questionadas pelo MPF está mantida para o próximo dia 30. A ANP ainda não foi notificada e irá esperar uma definição da Justiça Federal do Paraná sobre o tema. De acordo com o diretor, a exploração é definida pelo consórcio, mediante autorização da agência, e requer “cautela”.

“A gente só conhece a geologia (de áreas onde há expectativa de encontrar gás não-convencional) na hora que perfura. Mesmo em bacias promissoras, ainda estamos muito longe de atingir o grau de conhecimento geológico dos Estados Unidos (importante produtor mundial)”, disse Queiroz.