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Descoberta há 16 anos, as práticas fraudulentas que levaram à falência do Banco Santos Neves tiveram início em 1993. Tudo começou com empréstimos arriscados feitos a uma empresa chamada Escon. Em seguida, as irregularidades também se estenderam ao não pagamento de um empréstimo contratado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Por conta disso, a Justiça Federal condenou sete pessoas pela prática de crime contra o sistema financeiro nacional. Foram condenados os administradores do banco José Augusto dos Santos Neves, a dez anos de reclusão; Domingos José Vescovi, a quatro anos e seis meses; e Joel Antônio Vazzoler, a quatro anos e seis meses.
Também foram condenados os gestores da empresa Escon Construções e Montagens Ltda. Niro Viana Rodrigues, a 18 anos de reclusão; Samuel Fernandes Martins, a sete anos e seis meses; Elcy de Almeida Martins, a sete anos e seis meses; e Astrogilda Coleta de Almeida, a dois anos e seis meses.
De acordo com o Ministério Púbico Federal, os réus também teriam que indenizar a massa liquidante do Banco Santos Neves no valor dos danos causados e pagar multas que variavam entre R$ 14 mil e R$ 535 mil. Os valores foram calculados pela Justiça com base na participação de cada um deles no esquema.
Na manhã da última quarta-feira (19), três gestores apontados como parte do grupo responsável pela falência foram presos pela Polícia Federal no Espírito Santo. São eles: Luiz Renato Tommasi dos Santos Neves, José Augusto dos Santos Neves e Carlos Guilherme Lima, que foram condenados pelo crime de gestão fraudulenta.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), José Augusto dos Santos Neves foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Viana II e Carlos Guilherme Lima e Luiz Renato Tommasi dos Santos Neves para o Centro de Triagem de Viana.
A investigação das irregularidades no banco se deu por uma missão especial de combate ao crime organizado no Espírito Santo, que averiguou a utilização de documentos falsos na obtenção de financiamento junto ao BNDES. Na época, a ação foi realizada em conjunto pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
Os advogados dos citados não foram encontrados pelo Folha Vitória.
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