Economia

Aquaponia: projeto incentiva produção de peixes e hortaliças em Aracruz

Uma das vantagens da aquaponia é o fácil manejo e a redução do uso de recursos hídricos e de fertilizantes, possibilitada pela recirculação de água e nutrientes

Foto: Divulgação / Governo do ES

A aquaponia, técnica que combina o cultivo de peixes e hortaliças, está sendo apresentada como alternativa sustentável e de baixo custo para geração de trabalho e renda para moradores da aldeia indígena de Areal, em Aracruz, e produtores rurais da região.

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Uma unidade demonstrativa foi montada na aldeia para avaliação dos impactos da adoção do sistema, que tem vantagens como o fácil manejo e a redução do uso de recursos hídricos e de fertilizantes, possibilitada pela recirculação de água e nutrientes.

Atualmente, são cultivadas tilápia e alface na unidade, que tem capacidade de produção por ciclo (seis meses) de 140 kg de peixe e 1.500 pés de alface. Nos próximos meses, também serão introduzidas as culturas de cebolinha e salsa.

Destinada prioritariamente à comunidade de Areal, a unidade também cumpre o papel de difundir a aquaponia na região e tem sido usada para capacitações de públicos interessados em conhecer o funcionamento do sistema. Cerca de 100 pessoas já foram atendidas, incluindo agricultores familiares e pescadores.

A iniciativa é do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), por meio do projeto “Diversificação agropecuária através da aplicação de tecnologia de produção de peixes em aquaponia em comunidades tradicionais do Espírito Santo”.

Primeiros resultados da aquaponia são positivos

Responsável pelo projeto, o zootecnista do Incaper, Rafael Azevedo, explica que o período de avaliação da unidade começou em julho deste ano e os primeiros resultados são positivos.

“A unidade demonstrativa cumpre os objetivos, até o momento, de pesquisa, ensino, capacitações e também está se mostrando comercialmente viável”, avalia, acrescentando que o custo total do modelo de aquaponia em estudo é de R$ 11,7 mil.

Ainda de acordo com Azevedo, a partir da experiência com a primeira unidade, será possível fazer ajustes para melhorias no modelo, que também vai ser implantado em uma comunidade quilombola de Ibiraçu e em uma comunidade de pescadores de Aracruz.

O projeto é contemplado pelo Banco de Projetos de Pesquisa – Fase II da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Edital DI 004/2022 – Seag/Fapes).