Economia

Ociosidade e inércia podem continuar a produzir inflação abaixo do esperado

A avaliação é a mesma feita no comunicado da semana passada, quando o colegiado cortou a Selic (a taxa básica de juros) de 5,50% para 5,00% ao ano

Foto: Reprodução

Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reafirmaram nesta terça-feira, 5, na ata do último encontro do colegiado, que seu cenário inclui fatores de risco “em ambas as direções” – ou seja, na direção de baixa e na de alta de inflação. A avaliação é a mesma feita no comunicado da semana passada, quando o colegiado cortou a Selic (a taxa básica de juros) de 5,50% para 5,00% ao ano.

Assim como registrado no comunicado, a ata traz mudanças significativas no balanço de risco do BC.

O lado dos riscos de uma inflação menor que a projetada, o BC citou que “a combinação do nível de ociosidade elevado e da potencial propagação da inflação corrente, por mecanismos inerciais, pode continuar produzindo trajetória prospectiva abaixo do esperado”.

Já do outro dos riscos de uma inflação maior que a projetada, o Copom passou a considerar que “o atual grau de estímulo monetário, que atua com defasagens sobre a economia, aumenta a incerteza sobre os canais de transmissão e pode elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária”.

Ainda no balanço de riscos, o BC repetiu que o risco de uma inflação maior se intensifica nos casos de deterioração do cenário externo para economias emergentes ou em eventual frustração em relação à continuidade das reformas e ajustes na economia.